Visto de longe, o prédio do Complexo Penitenciário de Alcaçuz parece intransponível. Muros altos, guardas armados, ronda policial. Contudo, a imponência do edifício não foi capaz de desestimular o planejamento de uma ação criminosa, composta por pelo menos 30 homens, que pretendia resgatar, à base de balas e explosivos, cerca de 15 membros de uma facção de dentro do pavilhão 5 do presídio. A operação era tratada como “espetáculo” pelos envolvidos e ia requerer um investimento total de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões. O ataque ao presídio também se destacaria por outro detalhe: a união da facção criminosa com o novo cangaço.
O plano foi descoberto pela Divisão Especializada no Combate ao Crime Organizado (Deicor) e alguns envolvidos já estão presos, mas ele dá dimensão do poder de fogo da aliança entre membros de facções criminosas e do chamado “Novo Cangaço”, como são chamados pela polícia os criminosos especializados em ataques à instituições financeiras. Desde o começo das investigações, pelo menos oito pessoas foram presas e 21 armas foram apreendidas, incluindo sete fuzis, além de cerca de 3.000 munições, coletes, balaclavas e veículos blindados que deveriam integrar do plano de fuga.
De acordo com a Deicor, parte dos responsáveis pela idealização e fornecimento das armas para a fuga já foram presos. A Delegacia agora trabalha para capturar outros envolvidos, e pretende solicitar a transferência dos detentos envolvidos no plano de fuga para um presídio federal. O relatório que embasa o documento está sendo finalizado e deve ser enviado ao Ministério Público do Rio Grande do Norte nas próximas semanas.
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