Estimativa feita pelo Ministério de Minas e Energia mostra que o aumento do uso das usinas termelétricas, provocado pelo cenário de crise hídrica, custará neste ano R$ 13,1 bilhões para os consumidores. O número representa 45% de aumento em relação à estimativa anterior, informada em junho, que previa custo de R$ 9 bilhões.
O cálculo é baseado em simulações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e considera o uso adicional das usinas entre os meses de janeiro e novembro deste ano. O aumento no custo da geração de energia é repassado aos consumidores por meio da bandeira tarifária, taxa extra aplicada à conta de luz. Caso a arrecadação com as bandeiras ao longo do ano não seja suficiente para cobrir os custos, a diferença é repassada para as tarifas de energia.
Desde junho, está em vigor na conta de luz a bandeira vermelha patamar 2, a mais elevada do sistema. A previsão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é que a bandeira vigore até novembro, para cobrir os custos com o aumento da geração de energia por termelétricas.
No final de junho, a agência aprovou reajuste de 52% para a bandeira vermelha 2, que passou de uma cobrança extra de R$ 6,24 para R$ 9,49 por cada 100 kWh consumidos, valor que será cobrado em julho. Para os próximos meses, a agência discute se mantém o valor ou se aumenta para R$ 11,50 por 100 kWh consumidos.
G1