No Rio Grande do Norte, 5.039 pessoas foram atendidas nos serviços de saúde vítimas de agressões por animais considerados potencialmente transmissores de raiva, entre a 1ª e 36ª semana epidemiológica deste ano, representando uma redução de 42,29% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram notificados 8.731 casos, aponta o Boletim Epidemiológico da Raiva emitido pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
A redução está provavelmente associada ao atual contexto sanitário da pandemia da Covid-19, em decorrência das recomendações de distanciamento social e isolamento domiciliar, as quais contribuíram para uma redução de exposição ou fez com que a população evitasse procurar uma unidade de saúde para atendimento.
Na Região Metropolitana, onde se concentra o maior número de atendimentos, foram registrados 1.918 atendimentos, equivalente a 38,1%. A 2ª regional de saúde (Mossoró) registrou 1.243 atendimentos (24,7%); 3ª regional de saúde (João Câmara) – 358 (7,1%); 4ª regional de saúde (Caicó) – 397 (7,9%); 5ª regional de saúde (Santa Cruz) – 194 (3,8%); e, 6ª regional de saúde (Pau dos Ferros) – 485 (9,6%).
De acordo com o boletim, os cães são responsáveis por 65% das agressões (3.268 casos), seguida dos gatos com 29% (310 casos), e as demais espécies de animais responsáveis por 6% (310 casos registrados).
A raiva é uma zoonose viral caracterizada como encefalite progressiva e aguda que apresenta letalidade em aproximadamente 100% dos casos. A transmissão se dá por meio da penetração do vírus contido na saliva do animal infectado (cães, gatos, morcegos, raposas, primatas e outros do ambiente rural), principalmente pela mordedura e, raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas.