A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (5), o convite para o ministro Paulo Guedes (Economia) e para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, explicaram informações sobre o caso das empresas offshore em paraísos fiscais. O convite partiu de um requerimento do Senador Jean (PT-RN) e da bancada do PT no Senado. Guedes e Campos Netto devem se apresentar à CAE para os esclarecimentos no dia 19 de outubro.
De acordo com reportagens veiculadas na imprensa, Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mantinham as empresas abertas, mesmo ocupando cargos no Governo Federal.
Guedes foi quem enviou ao Congresso um projeto da reforma fiscal que beneficia quem mantém dinheiro em paraísos fiscais. Roberto Campos Neto assinou uma resolução que dispensa os contribuintes de declararem ao Banco Central os seus ativos no exterior em valores inferiores a um milhão de dólares.
Ainda segundo o que mostraram as matérias jornalísticas, essas manobras deixaram “fora do radar” quase 40 mil pessoas das estatísticas do banco.
“Temos que evoluir nos controles legais sobre quem se beneficia da ‘porta giratória’ que separa o governo e o mercado. A frouxidão legal permite que dirigentes do mercado se revezem em cargos públicos para gerir e advogar em causa própria em detrimento dos interesses do país”, declarou o Senador Jean.
Também foi aprovado um requerimento do senador Alessandro Vieira (CIDADANIA/SE) com o mesmo teor.