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Delegada Taís Aires, presidente da ADEPOL RN

A Polícia Civil do RN publicou nos últimos dias uma série de portarias com remoções de policiais civis de delegacias municipais e especializadas, com o objetivo de preencher os quadros das plantões. O problema é que, segundo a Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adepol), essas mudanças têm causado várias interrupções em processos investigativos que estavam em curso, além de resultar no corte ainda maior no efetivo já defasado das unidades investigativas.

Segundo levantamento que a Adepol teve acesso, só em Mossoró, já foram removidos um delegado e dois agentes da Delegacia de Furtos e Roubos (Defur); um agente da Delegacia de Narcóticos (Denarc); um delegado, um agente e um escrivão da Delegacia de Homicídios (DHM/DHPP).

Essas mudanças estão causando uma série de problemas nas investigações. Somente este ano já foram cometidos 28 homicídios em Mossoró e, com essas remoções, a DHPP ficou com pouquíssimos agentes para investigar esses casos. Afinal, quem saiu, não foi substituído.

“É a investigação que leva criminosos à prisão e punição. Sem este trabalho, impera a impunidade, o que fomenta ainda mais os crimes”, afirmou a presidente da Adepol, delegada Taís Aires.

A presidente da Adepol lembra ainda que esse problema pode ser resolvido de maneira mais simples, se o governo aceitar a proposta apresentada pelas categorias para evitar perdas decorrentes da retirada do adicional por tempo de serviço (ADTS). A postura negativa do executivo estadual motivou a decisão dos policiais civis sobre o trabalho voluntário.

“O Governo do RN tem feito manobras que, além de não resolver, ainda causa outros problemas. Tudo isso, porque evita negociar de verdade com as entidades”, acrescentou Taís Aires.

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