A Força Tarefa formada por policiais federais, rodoviários federais, civis, militares e penais federais, que monitorava as ações de Valdeci Alves dos Santos, o Colorido, preso em ação da PRF em Salgueiro (PE), no início da noite de sábado (16), calcula que ele movimentava R$ 1 bilhão por ano. Ainda segundo informações da PF, Colorido cuidava dos pagamentos pelos fretes, pelo armazenamentos e recebimento valores pela venda das drogas em todos os estados da região Sudeste. Ao menos é que constava nas planilhas apreendidas pela Polícia Federal em SP em operações realizadas em 2021.
Uma fonte do Blog Sidney Silva disse que o trabalho da Força Tarefa e, antes dela, da Delepat – Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio da PF do Rio Grande do Norte, na tentativa de prender o Valdecir Alves do Santos, foi intenso.
O advogado Bruno Ferrullo, que patrocina da defesa Colorido, disse ao R7 que seu cliente “não é traficante de drogas e nem integra o crime organizado”. Sobre os processos que responde na Justiça, “o mesmo provará sua inocência”.
Ao ser abordado pelos policiais rodoviários federais, Colorido apresentou CNH (Carteira Nacional de Habilitação) falsa. Ele foi conduzido à Delegacia e ao ser feito o exame datiloscópico, constatou-se que era ele mesmo.
O criminoso era procurado desde agosto de 2014, quando foi beneficiado por uma saída temporária e nunca mais foi visto.
De acordo com o Promotor de Justiça, Lincoln Gakiya, Tuta (outra liderança do PCC) e Colorido assumiram a chefia do PCC após Marcola e outros 21 integrantes da liderança da facção terem sido transferidos, em fevereiro de 2018, de presídios de São Paulo para o sistema penitenciário federal, com prisões em Brasília, Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).
“Quando eu falo ‘liderar’, eu falo ‘comando geral’, falo ‘decisões estratégicas’. Se o PCC, hoje, decidir se unir novamente ao Comando Vermelho, por exemplo, para uma logística maior de tráfico de drogas, essa decisão tem que ser tomada, hoje, pelo Tuta conjuntamente com o Colorido”, afirmou o promotor Gakiya.
O promotor complementou que as decisões do dia a dia da facção, como as dos tribunais do crime — que são decisões disciplinares —, entre outras, têm seus setores bem estabelecidos e caminham independentemente de os chefes estarem soltos, presos, no Brasil ou no exterior.
*Com informações do R7