Mais de 2 anos depois do início da pandemia, a OMS (Organização Mundial da Saúde) ainda apura se o coronavírus vazou de um laboratório chinês.
Novo time de especialistas selecionados pela organização diz ser necessário avaliar tanto a hipótese da transmissão animal – o vírus teria se espalhado a partir de um mercado de Wuhan, na China – quanto a de acidente de laboratório. Um cientista brasileiro na equipe, entretanto, discorda do pedido de novas apurações.
As informações foram divulgadas na quinta-feira (9.jun.2022) em um relatório preliminar dos pesquisadores.
O grupo, que começou a trabalhar em outubro de 2021, afirma no relatório que “continua sendo importante considerar todos os dados científicos razoáveis disponíveis para avaliar a possibilidade de introdução de Sars-CoV-2 na população humana por meio de um incidente laboratorial”.
A proposta vai na contramão de uma posição anterior da OMS. Em março de 2021, outro grupo de cientistas foi à China e avaliou que a possibilidade de o coronavírus vir de laboratório era “extremamente improvável”.
Os pesquisadores agora pedem novas investigações nos laboratórios de Wuhan e outras cidades. “Uma possível violação das medidas de biossegurança pode ser causada por um evento acidental ou uma falha processual […] que resulte na infecção dos funcionários de um laboratório durante o manuseio de animais ou coleta de amostras em campo”, escrevem.
Poder360