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Aftermath of a Russian missile attack in Hroza, Kharkiv region. REUTERS/Yan Dobronosov
© STRINGER

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou, nesta sexta-feira (6), que enviou uma equipe de investigação para a aldeia de Hroza, no Leste da Ucrânia, onde um ataque com mísseis na quinta-feira (5) fez 52 mortos.

O ataque “mostra mais uma vez o terrível preço que os civis estão pagando, 20 meses após a invasão russa”, lamentou a porta-voz do gabinete da ONU, Liz Throssell, em conferência de imprensa.

Segundo a porta-voz, a Missão de Vigilância das Nações Unidas na Ucrânia identificou até agora 35 dos 52 mortos (19 mulheres, 15 homens e uma criança de 8 anos), entre os quais um soldado ucraniano que assistia ao funeral do pai.

“Antes da invasão russa, a população da cidade era de cerca de 300 pessoas (…) e dado o grande número de vítimas, todos na pequena comunidade foram afetados, sabemos que pelo menos oito famílias tinham parentes mortos neste ataque”, acrescentou a porta-voz.

Liz Throssell lembrou que o ataque com mísseis, supostamente russo, é um dos mais letais desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, e destacou a sua condenação pelo Alto-Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk.

O ataque ocorreu na região de Kharkiv, que faz fronteira com Donbass, e coincidiu com a viagem do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Espanha.

O porta-voz do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Jens Laerke, acrescentou que a principal representante da agência na Ucrânia, Denise Brown, também viajará hoje a Hroza para analisar a situação e determinar que apoio humanitário a cidade deverá receber.

Zelensky, que participou em Granada de uma cúpula da Comunidade Política Europeia, com cerca de 50 líderes europeus, com o intuito de angariar apoio para o seu país em guerra, classificou o ataque como um “crime russo comprovadamente brutal” e “um ato de terrorismo completamente deliberado”.

Na mesma ocasião, o presidente ucraniano instou os aliados ocidentais a ajudarem a fortalecer as defesas aéreas da Ucrânia, alegando que “o terror russo tem de ser detido”.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, iniciada em 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscou de financiar o esforço de guerra.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Agência Brasil

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