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Israel devolveu os corpos de 80 palestinos mortos no conflito com o Hamas em Gaza, disse o Ministério da Saúde palestino nesta quarta-feira. Israel disse que estava devolvendo os corpos depois de confirmar que não se tratavam de reféns israelenses feitos pelo Hamas em 7 de outubro.

O ministério disse que os corpos foram enterrados e que as autoridades registraram detalhes para ajudar na identificação posterior. As autoridades de Gaza tentavam descobrir quando e onde os homens foram mortos e quem eles eram.

O governo de Israel afirma que o objetivo da sua ofensiva em Gaza é destruir o Hamas, apesar dos apelos globais por um cessar-fogo na guerra que já dura 11 semanas. Militantes do Hamas mataram 1.200 pessoas e capturaram 240 reféns em 7 de outubro, no dia mais violento da história do Estado de Israel.

Um porta-voz militar israelense disse que os corpos foram transportados para Israel durante a guerra “para um procedimento de identificação como parte do nosso esforço para localizar os reféns e as pessoas desaparecidas”.

“As dificuldades na identificação dos mortos tornam necessária a transferência desses corpos para Israel para identificação forense”, e que estava em linha com “análises de rotina que cumprem os padrões forenses internacionalmente aceitos”, a fim de descartar a sua identificação como reféns israelenses, disse o porta-voz.

O Ministério da Saúde disse que os corpos foram entregues por Israel através da passagem de fronteira de Kerem Shalom. De acordo com o Waqf Islâmico, ou ministério dos Assuntos Religiosos, os corpos foram recolhidos na parte norte da Faixa de Gaza.

É raro que um número tão grande de corpos seja devolvido.

Eles foram enterrados na terça-feira em uma vala longa no cemitério de Rafah, no sul do enclave.

“Estão sendo tiradas fotos para identificá-los mais tarde”, disse um representante do Waqf Islâmico de Gaza.

As autoridades de saúde palestinas dizem que cerca de 21 mil pessoas foram mortas em ataques israelenses, e outras milhares podem estar soterradas sob os escombros. Quase todos os 2,3 milhões de habitantes do enclave foram expulsos de suas casas, muitas vezes.Israel diz que está fazendo o que pode para proteger os civis e culpa o Hamas por os colocar em perigo ao operar entre eles, algo que o Hamas nega.

* É proibida a reprodução deste conteúdo

Agência Brasil

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