A confirmação do Japão de envio de mísseis Patriot aos EUA terá “consequências negativas para a segurança global”, afirmou nesta quarta-feira 27 a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.
“A parte japonesa não só passa seus próprios princípios quanto essencialmente perde controle das armas, das que agora Washington poderá dispor literalmente como quiser”, declarou durante sua sessão informativa habitual.
Zakharova acrescentou que Moscou não descarta que as munições possam terminar na Ucrânia em última instância.
Mudança de postura do Japão
O governo do Japão anunciou na sexta-feira 22 que enviará mísseis Patriot para os EUA, em medida que indica um suposto giro a respeito da sua postura pacifista.
Yoshimasa Hayashi, principal ministro do gabinete do país, disse aos jornalistas que a media “reforçará ainda mais a aliança Japão-EUA”, em reunião do Conselho de Segurança Nacional do Japão celebrada na sexta-feira.
De acordo com os “três princípios sobre transferência de equipamentos de defesa e diretrizes tecnológicas”, o Japão só pode exportar componentes fabricados sob licença dos EUA.
A partir de sexta-feira, Tóquio poderá enviar todo o material de defesa, inclusive produtos acabados, o que permite a exportação de mísseis Patriot, que são fabricados no Japão sob licença de uma empresa estadounidense.
Operações na Ucrânia
A Força Aérea de Ucrânia que opera mísseis Patriot fornecidos pelos EUA e pela Alemanha, informou ter abatido 28 drones russos, dois mísseis e dois caças na véspera de Natal 24.
No dia, houve ataques de drones em seis regiões da Ucrânia: Odessa, Kherson e Mykolaiv no sul, Donetsk no leste, Kirovohrad no centro-sul da Ucrânia e Khmelnytskyi no oeste.
O país afirmou ter destruído um míssil guiado na região sul de Zaporiyia e um míssil antiaéreo do Mar Negro, além de um caça russo Su-24 na região leste de Donetsk e um Su-30 SM sobre o Mar Negro.
AgoraRN