Os servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciaram, nesta terça-feira 2/1, a paralisação das atividades de fiscalização em meio a falta de posicionamento do governo federal sobre possíveis melhorias nas condições de trabalho da classe.
A carta endereçada ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, os funcionários públicos destacam a importância do trabalho do órgão no combate ao desmatamento ilegal no Brasil e reforçam a necessidade de uma reestruturação de carreira.
- Operações de fiscalização ambiental na Amazônia;
- Fiscalização em terras indígenas, como a Yanomami;
- Vistorias de processos de licenciamento ambiental;
- Prevenção e combate a incêndios florestais;
- Atendimentos emergenciais.
- No documento, os servidores afirmam que não irão se dedicar a atividades externas. A paralisação deve acabar apenas após um posicionamento do governo.
“Esta suspensão de atividades externas certamente terá impactos significativos na preservação do meio ambiente e atribuímos isso aos dez anos de total abandono da carreira do serviço público que mais sofreu assédio e perseguição ao longo do governo anterior [de Jair Bolsonaro (PL)] e ainda não foi definitiva e valorizada pelo atual”, diz um trecho da carta.
COP28
Durante a 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudança do Clima (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes, mais de 1500 servidores do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) cobraram o cumprimento de demandas trabalhistas por parte do governo.
Além das melhores condições de trabalho, os funcionários públicos buscam o reajuste salarial, uma vez que as atividades desempenhadas por ele possuem um adicional de periculosidade por combater ações ilícitas, como garimpo ilegal.
Os servidores cobram uma ação para reestruturação de carreira por parte do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Com informações do Metrópoles
AgoraRN