O deputado Carlos Jordy, do PL do Rio de Janeiro, afirmou nesta quinta-feira (18/1) à Polícia Federal (PF) que Carlos Victor de Carvalho, com quem a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou “forte ligação”, é apenas um apoiador. Mais cedo, Jordy foi alvo de uma operação da PF autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito de investigações do 8 de janeiro.
Boa parte do depoimento foi centrado na suposta relação de Jordy com Carlos Victor de Carvalho, o CVC, classificado pela PGR como “forte liderança nos grupos de extrema direita em Campos dos Goytacazes (RJ)” e “organizador dos eventos nos arredores do Batalhão do Exército na cidade”.
Jordy disse que os dois têm uma ligação apenas de candidato e apoiador. O deputado também afirmou que ambos apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em uma conversa interceptada pelos investigadores, Carvalho chamou Jordy de “líder” e pediu um “direcionamento”. O diálogo por mensagem aconteceu em 1º de novembro, quando começavam os acampamentos em quartéis e bloqueios de rodovias de bolsonaristas insatisfeitos com a derrota nas urnas de Bolsonaro para Lula.
De acordo com o subprocurador Carlos Frederico Santos, essa conversa “levanta fortes suspeitas da participação de Carlos Jordy nos atos que ocorreram”, e que os dois têm uma ligação que “extrapola eventuais fins políticos partidários, demonstrando intenção de ordenar a prática de crimes contra o Estado de Direito”.
O deputado bolsonarista também afirmou no depoimento que é contra qualquer tentativa de golpe de Estado ou de enfraquecer as instituições.
Com informações do portal Metrópoles
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