Um terremoto de magnitude 7,1, que atingiu nesta terça-feira (23) uma área pouco povoada de Xinjiang, no noroeste da China, deixou seis pessoas feridas e danificou ou derrubou mais de 120 casas em um clima de frio extremo, informaram as autoridades.
O tremor abalou a vila de Uchturpan, ou Wushi em mandarim, na prefeitura de Aksu, segundo o Centro de Redes de Terremotos da China.
Cerca de 200 equipes de salvamento foram enviadas para o epicentro do tremor.
Entre as seis pessoas atingidas, duas têm ferimentos graves. Além disso, 47 casas desmoronaram, 78 ficaram danificadas, como também algumas estruturas agrícolas, publicou o governo da Região Autónoma de Xinjiang na rede social Weibo.
O tremor derrubou postes de eletricidade, mas a energia foi rapidamente restabelecida, informaram as autoridades de Aksu. Uchturpan tinha cerca de 233 mil habitantes em 2022, segundo as autoridades de Xinjiang.
O serviço ferroviário de Urumqi, capital de Xinjiang, retomou as atividades na noite dessa segunda-feira, depois de os controles de segurança terem confirmado que não havia problemas nas linhas. A suspensão afetou 23 comboios, informou o departamento que serve à capital de Xinjiang, na conta oficial do Weibo.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos informou que o sismo teve magnitude de 7 e ocorreu na cordilheira de Tian Shan. O maior tremor na área, no século passado, foi de magnitude 7,1 e ocorreu em 1978, a cerca de 200 quilômetros do epicentro de hoje.
Foram notificados vários tremores secundários, o mais forte com magnitude de 5,3.
A zona rural é habitada majoritariamente por uigures, uma minoria étnica chinesa de origem muçulmana que tem sido alvo de uma campanha estatal de assimilação forçada e de detenção em massa.
Uchturpan registra temperaturas muito abaixo de zero, com mínimas previstas pela Administração Meteorológica da China para esta semana de 18 graus Celsius negativos. Algumas zonas do Norte e do centro da China têm estado sujeitas a ondas de frio extremo neste inverno, tendo as autoridades fechado várias vezes as escolas e as autoestradas devido a tempestades de neve.
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Agência Brasil