Pacientes com depressão e resistentes à tratamento podem ser voluntários de pesquisa que investiga a cetamina como um tratamento alternativo para a doença. O estudo é realizado na UFRN pelo Departamento de Fisiologia e Comportamento (DFS) do Centro de Biociências (CB), pelo Instituto do Cérebro (ICe) e pelo Departamento de Psiquiatria do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol). Para participar, basta enviar um e-mail demonstrando interesse, que as instruções serão enviadas.
A equipe de pesquisadores é formada pelos professores Dráulio de Araújo e Fernanda Fontes (ICe/UFRN); Nicole Galvão (DFS/CB/UFRN); Patrícia Cavalcanti e Emerson Arcoverde, do Departamento de Psiquiatria do Huol. O tratamento é gratuito e dura nove semanas. A administração da cetamina é semanal. Cada sessão tem um tempo médio de duas a três horas.
De acordo com Nicole Galvão, o objetivo do estudo é validar a cetamina, com uma aplicação subcutânea. “A aplicação é feita na região do abdômen, como se fosse a aplicação de insulina para que seja mais acessível, principalmente no contexto da população brasileira, sendo aproximadamente R$15 o custo de uma unidade da substância”, explica.
Além da administração da cetamina, são coletados dados clínicos e realizados exames de sangue a fim de investigar as alterações de moléculas relacionadas à depressão. O grupo também busca fazer um protocolo de psicoterapia com os pacientes que participam do estudo.
AgoraRN