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Tefé (AM) 21/10/2023 – Um indigena obserna o leito do rio Amazonas em Tefé (AM) praticamnete seco.
 Foto: Alex Pazuello/Secom
© Alex Pazuello/Secom

Apesar do início das chuvas na região amazônica, os rios estão demorando a recuperar a vazão. Segundo o  boletim semanal de monitoramento climático elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), das 32 bacias hidrográficas da região, apenas duas apresentaram volume regular de chuva para janeiro e cinco estão com climatologia próxima para o período.

De acordo com o meteorologista e pesquisador do Centro de Dinâmica Ambiental (Codam) do Inpa, Renato Senna, as chuvas regulares estão ocorrendo nas nascentes, em áreas da Amazônia internacional, no Peru e na Colômbia, nas bacias Ucayalli e Marañon. “Embora as chuvas tenham retornado, como esperado para esta época do ano, em grande parte da região estão com volumes inferiores ao que normalmente é observado”, explica.

Segundo o Inpa, apesar de o período das chuvas ter iniciado, continuam atuando sobre a região os fenômenos El Niño, que é o aquecimento superficial das águas do Pacífico Equatorial, e o aquecimento do Atlântico Tropical Norte. Ambos influenciam a circulação dos ventos, inibindo a formação de nuvens e, por consequência, as chuvas regulares.

O monitoramento climatológico das bacias feito pelo Inpa também registra déficit. A bacia do Rio Purus, afluente do Rio Solimões, acumulou 211 mm nos últimos 30 dias, quando o normal seria de 264 a 304 mm. A condição deve interferir na recuperação das áreas, especialmente para a recuperação da umidade do solo, que foi afetada após a seca de 2023. 

De acordo com Senna, a recuperação do volume de vazão dos principais rios à Oeste, como Solimões, Negro e Madeira, também é importante para a navegabilidade do transporte de cargas e de pessoas.

Agência Brasil

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