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Bomba de gasolina. Foto: José Aldenir/Agora RN.
Bomba de gasolina. Foto: José Aldenir/Agora RN.

Nesta semana, motoristas do Rio Grande do Norte puderam notar um aumento no preço dos combustíveis em postos em todo o estado. Em Natal, por exemplo, o litro da gasolina passou a ser comercializado acima dos R$ 6. Em vários pontos da capital potiguar, a equipe de reportagem do AGORA RN flagrou placas anunciando a gasolina comum e o diesel S10 a R$ 6,29 o litro.

O aumento de combustível já era esperado, segundo Maxwell Flor, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos/RN). Principalmente em virtude do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de R$ 1,22 para R$ 1,37 por litro a partir do dia 1º de fevereiro conforme decidido pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e publicado no Diário Oficial da União no ano passado. “O que dá uma diferença de 15 centavos.

Foi um aumento de 12,5%. Já no diesel eram R$ 0,94 e vai passar para R$ 1,06, que também passa a valer a partir de hoje”, explicou. A decisão do Confaz já tinha sido aprovada em outubro do ano passado. Conforme o Conselho, o aumento se justifica pela inflação no período. De acordo com o presidente do Sindipostos/RN, o preço do início de janeiro até aqui a Refinaria Clara Camarão já repassou para as distribuidoras R$ 0,30 e, a partir de ontem, foram contabilizados mais R$ 0,15 relativos ao aumento da carga tributária.

“Das distribuidoras para os postos não tem como estimar. Cada um tem a sua precificação, e dos postos para o consumidor também. Cada um faz o seu. Mas tem R$ 0,45 aqui já contabilizados que temos como como medir de reajuste”, afirmou. Segundo Maxwell Flor, há uma preocupação do setor em relação à queda nas vendas devido ao aumento no preço do combustível e que é “inevitável”.

“Sempre que o combustível aumenta, o consumo cai. Existe até uma ilustração que eu costumo fazer que é o seguinte: você quando chega para abastecer o cliente, normalmente ele chega com aquela nota de R$ 50 ou R$ 100 e manda abastecer aquele valor. Se o combustível está mais caro, ele vai levar menos combustível. Se ele leva menos combustível, o posto acaba vendendo menos”, esclareceu o presidente do Sindipostos/RN.

Para Flor, com a redução de vendas de gasolina há a possibilidade de haver uma migração do consumidor para outro combustível, o que pode aumentar a venda deste, mas vai depender da competitividade de preços. “Normalmente, se o etanol estiver com preço competitivo, ele migra para o etanol. Hoje teria também como alternativa o GNV, mas o GNV também teve um aumento no início de janeiro, então ele perdeu um pouco da competitividade. Já o etanol, normalmente, as usinas acompanham essa paridade da gasolina, então não costumam deixar essa diferença grande até porque o etanol é um produto que depende da safra. Então ele tem uma limitação de estoque. Se ele fica muito barato sai muito, não vai ter o estoque para um ano todo”, finaliza.

AgoraRN

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