O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse, nesta segunda-feira 5, que o governo “não rompeu e nunca romperá” com o Congresso.
A declaração foi feita em coletiva no Congresso Nacional, na abertura do ano legislativo.
Ao ser questionado sobre a relação com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Padilha disse que o governo não gera conflito com o Congresso Nacional e que há “um grande esforço de recuperação das relações nesse país”.
Durante o recesso parlamentar, Lira fez críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o trabalho do ministro, como promessas não cumpridas de nomeações em estatais e liberação de emendas.
Conforme apurou a CNN, Lira levou sua insatisfação com a articulação política do governo ao ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Segundo relatos, Lula disse a interlocutores que entende a insatisfação de Lira, mas deixou claro que pretende manter Padilha no cargo.
Lula e Lira devem conversar diretamente ainda nesta semana.
Não há obstáculo para conversa, diz Randolfe
Ainda no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, afirmou à CNN que Arthur Lira tem caminho livre para conversar com o presidente da República “quando quiser”.
“O presidente da Câmara fala com o presidente da República no momento que quiser e quando quiser. Com o presidente Lula não tem obstáculo nenhum para diálogo de nenhum parlamentar, quanto mais os dois chefes dos poderes do Legislativo, tanto o presidente Rodrigo Pacheco, quanto o presidente da Câmara”, disse.
Sobre a retomada dos trabalhos na Casa legislativa, Randolfe afirmou que “completar a agenda econômica” deve ser uma das prioridades do governo.
“Até agora tem dado muito certo. Veja: nós estamos com o desemprego no menor nível desde 2014, estamos com a inflação dentro do centro da meta e nós tivemos um crescimento da economia no último ano de mais de 3%, apontando para o mesmo sentido neste ano, a taxa de juros tem a quinta queda consecutiva e nós herdamos a maior taxa de juros do planeta”, defendeu.
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