Ócio, euforia, movimento, uma quase liberdade de expressão linguística e corporal. Rios coloridos de pessoas desaguando em nada. Um país paralisado e entorpecido pelo fenômeno histriônico coletivo do carnaval, evento prolongado que fortalece o estereótipo da malemolência nacional. Ano a ano, no gozo da crise ou da bonança, irrompem blocos de foliões fantasiados com máscaras dos heróis e anti-heróis da hora que, a pretexto de “via de escape” cultural, antecipam o carnaval e simulam integração social.
Em que pesem os conflitos de classe, os preconceitos modulados pela globalização e a valorização das pautas identitárias, a noção de identidade do brasileiro persiste amalgamada por carnaval e futebol. Somos legatários de um atestado de multiculturalismo que revigora a crença na nossa originalidade cultural, étnica e social, ainda que repleta de incongruências.
Somos o “homem cordial”, o mestiço irreverente, generoso, hospitaleiro e risonho. No âmago, ainda acreditamos ser herdeiros de uma carta de alforria da mesmice, do formalismo e da austeridade presentes em outras culturas. No âmago, bem sabemos que essa “cordialidade” implica sermos menos afáveis e caridosos, macunaímas, apreciadores do privado e malandros miscigenados. Darcy Ribeiro nos convenceu que somos também violentos, injustos, racistas, preconceituosos, a mão possessa que supliciou pretos e índios: “A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista”.
No carnaval, os píncaros da indulgência com as próprias desgraças são atingidos. Dançamos infortúnios, desditas, mediocridades intelectuais, as péssimas escolhas na vida privada e na pública. Quem não aprecia o autoengano? Sobretudo, quando vem mascarado em extravasamento de desejos e flertes com Baco ou Dionísio, em fantasias e ritmos arrebatadores.
O Bloco do Barbas traz, no carnaval 2024, o tema Pra aturar o calorão e o Centrão é de lei consultar o cachorro do Milei, numa referência ao presidente eleito da Argentina. O desfile acontecerá em Botafogo, zona sul do Rio, neste sábado (10), concentrando às 15h e saindo às 16h, com dispersão às 19h.
O desfile será pela Rua Arnaldo Quintela, entra na Rua da Passagem e termina na Rua Góis Monteiro, com bailinho. A informação foi dada à Agência Brasil pela produtora Crica Rodrigues, filha do jornalista Nelson Rodrigues Filho, criador da agremiação, e neta do escritor e teatrólogo Nelson Rodrigues.
Não há um homenageado específico, afirmou Crica. As homenagens são pontuais, como no ano em que saudaram Noca da Portela e um dos maiores compositores da história do bloco também, ou Nelson Rodrigues pelo seu centenário, ocorrido em 2012, além do pai de Crica, em 2016, após ele sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no ano anterior que o impediu de estar presente no desfile do ano seguinte.
Crica explicou que, de maneira geral, a temática é mais crítica e política. O bloco costuma reunir entre 15 mil e 20 mil pessoas. “Tem ano que dá mais. Em 2023, tenho certeza que deu bem mais, porque foi o primeiro ano pós pandemia. O Barbas deixou de sair durante dois anos, em 2021 e 2022, e 2023 foi um mar da comunidade barbense. Foi lindíssimo”.
A primeira pesquisa realizada neste ano de 2024 pelo instituto “Agora Sei”, sobre a eleição para prefeito de Natal, foi divulgada na noite de quinta-feira passada, pelo “Jornal das 6” da “Rádio 96FM“. Os resultados identificados e apresentados colocam o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PSD) em posições privilegiadas diante de todos os cenários eleitorais que foram apresentados aos eleitores entrevistados.
Carlos Eduardo obteve intenções de votos que variam de 38% a 46% nos cenários do primeiro turno, superando todos os outros candidatos. Numa simulação de segundo turno a cena se repete, com o ex-prefeito de Natal variando de 53% a 58%, vencendo com folga os possíveis opositores.
Além de liderar todos os cenários, Carlos Eduardo é o menos rejeitado entre todos os candidatos. Enquanto o general Girão e a deputada federal Natália Bonavides lideram a rejeição pelos eleitores com 25%, seguidos por Joana Guerra com 21%, Rafael Motta e o candidato do PSOL com 18%, Paulinho Freire com 17%, a rejeição a Carlos Eduardo é de 15%.
A pesquisa perguntou também aos eleitores se votariam num candidato que fosse apoiado pelo prefeito Álvaro Dias (Republicanos) e 33,4% respondeu que sim. Destes, 61,7% disseram que o atual prefeito de Natal deveria apoiar Carlos Eduardo, indicando assim a Álvaro o caminho que ele deve tomar nessa eleição.
Criminosos estão de olho nos celulares com aplicativos financeiros e nos cartões bancários dos foliões nos festejos do carnaval. É necessário estar atento e tomar algumas precauções para aproveitar com segurança e facilidade os dias de festa.
O volume de dinheiro movimentado somente dos caixas do Banco24Horas é enorme. No carnaval de 2023 foi movimentado mais de R$ 1,8 bilhão em aproximadamente 12 milhões de transações nesses caixas eletrônicos em todo país.
Desde o sábado até a terça-feira de carnaval de 2023, o Banco24Horas atendeu cerca de 7 milhões de clientes em todo território nacional. Apenas na capital paulista, foram mais de 771 mil clientes atendidos no período.
As policiais civis do Rio Grande do Norte se reuniram em Assembleia Geral, na noite desta sexta-feira 9, e decidiram interromper o movimento da paralisação das diárias operacionais e retornar ao serviço extraordinário. A categoria recebeu uma proposta do governo sobre alguns pontos da pauta e deliberou por normalizar o serviço de diárias no Carnaval, mas mantendo a mobilização e voltando a se reunir na sexta-feira, dia 16 de fevereiro, para continuidade da luta.
Na manhã de ontem, a categoria havia realizado outra Assembleia Geral após doação de sangue coletiva realizada no Hemonorte. Pouco tempo depois, as diretorias das entidades de classe receberam uma ligação do Governo do Estado convocando uma reunião.
Nessa conversa, que aconteceu durante toda a tarde, os representantes do Executivo informaram e colocaram em documento assinado que, na próxima quinta-feira 15, o Governo vai sentar para resolver a situação do Crédito Remuneratório Individual (CRI/antigo ADTS) dos policiais civis, que atualmente é alvo de uma demanda judicial.
“A resolução desse problema do CRI é uma das maiores urgências, pois ela pode implicar em redução de salário. Então, vínhamos pedindo ao Governo a solução desde o ano passado e, somente agora, depois dessa grande mobilização, o Executivo vai sentar para resolver”, comenta Nilton Arruda, presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-RN).
Durante o período do carnaval, que vai deste sábado (10) até a terça-feira (13), o Píer Mauá deverá receber em torno de 30 mil turistas, nacionais e estrangeiros, que virão ao Rio de Janeiro assistir os desfiles no sambódromo e curtir os blocos de rua. A informação é de Marcello Chagas, gerente de operações do Pier Mauá. “Só hoje a média foi de 15 mil a 16 mil pessoas circulando no terminal. Como os navios dormem, ficando vários dias aqui, tem um navio repetindo a quantidade de pessoas. Então, no carnaval, devemos ter umas 30 mil pessoas circulando no terminal, pelo menos”.
Segundo o gerente, a estimativa empata com o resultado registrado no carnaval do ano passado, embora haja um diferencial em 2024. “A diferença, este ano, é a maior estadia de navios. Vai ter um navio que vai ficar quatro dias de carnaval no Píer, dois que dormem e ficam três dias cada um deles. Então, a gente tem navios ficando mais tempo durante o carnaval. Essa é uma novidade para este ano. Muitos turistas estão querendo aproveitar mais tempo o Rio de Janeiro durante o carnaval”. O tempo também está colaborando para isso, comentou Marcello Chagas. “Maravilhosamente. O sol, aqui, como a gente chama, é de rachar”.
Este ano ainda, graças à parceria com a Riotur, o Píer Mauá está apresentando uma programação diária com grupos de passistas “dando uma animada dentro do terminal”, completou o gerente.
Neste sábado (10), três embarcações trazem ainda mais energia à atmosfera carnavalesca. São os navios The World, que vem de Ilhabela; Costa Diadema, vem de Ilhéus; e MSC Seaview, com capacidade de 5.429 passageiros, vem da Ilha Grande e vai para Salvador.
Em reunião ministerial do dia 5 de julho de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu “reação” contra uma alegada fraude no sistema eleitoral – do contrário, o País viraria “uma grande guerrilha”.
“Se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições?”, disse o então presidente na ocasião.
Trechos da gravação do encontro, apreendida pela Polícia Federal na casa de Mauro Cid, foram divulgados pelo jornal O Globo.
Estavam na reunião Anderson Torres (ex-Justiça), general Augusto Heleno (ex-Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-Defesa), Mário Fernandes (ex-chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República) e Walter Braga Netto (ex-Casa Civil).
O desfile começou atrasado neste sábado (10) de carnaval, mas o esquenta do Multibloco, reunindo os integrantes da bateria e os primeiros foliões, foi iniciado às 7h, na Praça da Cruz Vermelha, centro do Rio. Agora, o cortejo segue pela Rua Henrique Valadares até a esquina com Rua Gomes Freire.
O Multibloco foi fundado em setembro de 2008 por iniciativa da Editora Multifoco, localizada na Lapa, cujos sócios e funcionários tinham o objetivo de se divertir em seu próprio bloco no carnaval. Com esse propósito, eles convidaram a maestrina Thaís Bezerra, mestra em Ensino de Práticas Musicais pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), e o doutor em música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lino Amorim, e fundaram o Multibloco.
São 16 anos de existência e 14 desfiles, porque na pandemia não houve carnaval durante dois anos (2021 e 2022), disse Lino Amorim à Agência Brasil. Ele atua como diretor musical do bloco. O Multibloco se tornou autônomo da Editora Multifoco a partir de 2011.
“O Multibloco, a cada ano, tem um tema e escolhe o repertório a partir desse tema. Ano passado foi fé. Este ano, são os anos 90”, informou Amorim.
Paulinho Freire, do partido União Brasil, adota uma postura mais inclinada à direita, buscando diálogo com o senador Rogério Marinho, do PL, e com Wendel Lagartixa. Enquanto isso, Natália Bonavides, do PT, mantém uma posição mais à esquerda, consolidando suas bases. Cada um desses políticos tem seus próprios objetivos, posição e perspectiva em relação aos demais. No entanto, o centro político também desempenha um papel crucial. Carlos Eduardo, do PSD, mantém-se nessa posição, reconhecendo que a resolução de problemas concretos é o que mais importa para os eleitores. Em 2024, apesar do ruído das torcidas organizadas, elas representarão uma minoria em comparação com o eleitorado em geral.
SEITA
Aqueles que não adotam posições extremistas já se afastaram de Jair Bolsonaro. Seria ingênuo supor que as acusações de golpismo e outros crimes diminuam o apoio ao ex-presidente entre seus seguidores. O aparelhamento, militarismo e defesa de ditadura no Brasil são fundamentais para essa ideologia. O que é mais provável é que haja um aumento na radicalização e na negação da realidade.
SEITA II
A Operação Carnaval 2024, coordenada pela Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do RN (Sesed), teve início neste sábado, dia 10, e contará com o emprego de mais de 3,2 mil agentes de segurança pública em todo o território potiguar durante os quatro dias de festa. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, dia 9, por meio de uma coletiva com as forças de segurança do Estado.
Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado, coronel Francisco Araújo, o investimento chega a quase R$ 5 milhões. Ele destacou que o RN terá toda a infraestrutura para receber foliões potiguares e de todo o país nas festas carnavalescas. Uma novidade na Operação Carnaval deste ano é o emprego de dois helicópteros, que serão coordenados pelo Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
“Essas aeronaves vão apoiar nas operações policiais no socorro ao cidadão e estarão em patrulhamento em toda a área de especial interesse turístico e locais onde haverá concentração de pessoas”, completou o coronel Alexandre Magalhães, piloto do Ciopaer. Ele afirmou que as aeronaves darão suporte durante todos os dias de festa e ficarão concentradas na região metropolitana, especialmente nos litorais norte e sul do Estado.
A Polícia Militar também está preparada para o período carnavalesco e contará com um efetivo extra de 2 mil policiais militares por dia. Os locais que terão uma atuação especial e contarão com polos estratégicos são Natal, Parnamirim, Apodi, Assú, Macau, Caicó e todo o litoral potiguar.
Pesquisa AtlasIntel aponta que a maior parte da população acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo perseguido injustamente, mas que ele planejou um golpe de Estado e que deverá ser preso. A coleta foi feita após a operação de quinta-feira (8), com 1.615 participantes e tem margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O nível de confiança é de 95%.
Quando questionados se as investigações judiciais sobre Jair Bolsonaro constituem uma perseguição política, 42,2% respondem que ele está sendo perseguido injustamente. Já 40,5%, dizem que Bolsonaro não está sendo perseguido injustamente. Na sondagem há ainda uma pergunta se “independente da sua avaliação sobre a culpabilidade do ex-presidente, você acredita que Jair Bolsonaro será preso este ano?”
Ao todo, 38,2% responderam acreditar que ele será preso, enquanto 25,5% disseram que ele não será. Já 36,4% dos participantes disseram não saber.
A AtlasIntel também perguntou se as buscas da Polícia Federal (PF) que identificaram uma carta em que Bolsonaro planejava declarar Estado de Sítio depois da organização do 2º turno das eleições presidenciais comprova o planejamento de um golpe de Estado. Para 46,5% a resposta foi sim, enquanto para 36,8%, não. Já 16,6%, responderam não saber.
“Todo mundo faz a ciranda girar.” A declaração de Lia de Itamaracá, em entrevista há quase oito anos, traduz não apenas a ideia da brincadeira tradicional que projetou mundialmente a artista pernambucana, mas também a cultura do maior carnaval de rua do Brasil, onde inovação e história se dão as mãos. Símbolos dessa diversidade, Chico Science e a rainha da ciranda são homenageados do carnaval de Recife 2024.
Maria Madalena Correia do Nascimento, nasceu em Itamaracá, e logo cedo se deixou conduzir pela batida percussiva e o bailado circular, que lembra o movimento mar em torno da ilha. Mesmo em uma família sem nenhuma tradição musical, começou a fazer ciranda aos 12 anos, mas foi só aos 54 que a música a levou a carreira artística e Maria, deu lugar a Lia.
Era 1998, mais de vinte anos depois de uma tentativa frustrada de comercializar sua música, Lia materializava, no palco do festival pernambucano Abril por Rock, a diversidade cultural que compõe o repertório e o imaginário brasileiro. Dali em diante, deixou de representar um refrão da composição de Teca Calazans, para ganhar os palcos e o gosto, primeiro dos brasileiros, e depois de vários lugares do mundo.
O Concurso Público Nacional Unificado tem 2,65 milhões de inscritos. O balanço foi divulgado neste sábado (10) pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) após o fim das inscrições, nesta sexta-feira (9).
De acordo com a pasta, o total de inscritos alcançou o recorde para concursos públicos. Estão sendo ofertadas 6.640 vagas para 21 órgãos públicos federais, divididas em oito blocos temáticos. Os editais também preveem a formação do cadastro reserva com pelo menos o dobro do número de vagas disponíveis.
O concurso unificado é um modelo inovador de seleção de servidores que consiste na realização conjunta de provas para o provimento de cargos públicos. Elas serão aplicadas simultaneamente em 220 cidades do país, no dia 5 de maio, com questões objetivas específicas e dissertativas, por área de atuação.
Na casa da odontopediatra Thayse Brandi, uma rotina toma conta durante os dias de carnaval. Ela e a filha, Valentina, de 8 anos, reservam um tempo para pensar em fantasia e se aprontarem para bloquinhos infantis. “Sempre vamos combinando. Antigamente eu escolhia. Agora fazemos isso juntas”, conta a moradora do Rio de Janeiro.
Em 2024, pelo segundo ano seguido, mãe e filha têm mais um parceiro de folia. É o Lucca, caçula da família, de 1 ano e 1 mês de idade, que acompanha a mãe no sling – malha que mantém o bebê amarrado ao colo do adulto.
Thayse, que já frequentava blocos antes de ser mãe, acredita que a presença dos filhos nos bloquinhos faz bem para o desenvolvimento deles.
O Sambódromo do Rio completa 40 anos em 2024, e o palco de apresentação das escolas de samba tem muita história que revela a alma de sambistas. Antes da construção da Passarela do Samba, os componentes das escolas conviviam com incertezas até saber onde seria o local dos desfiles.
A estreia da disputa pelo campeonato foi na Praça Onze, no centro, em 1932. A escolha do local não foi por acaso. Lá se reunia a comunidade negra para fortalecer a cultura africana. Depois, nas diversas mudanças, os desfiles passaram pela Candelária, pelas avenidas Rio Branco, Presidente Vargas e Antônio Carlos, além da Rua Marquês de Sapucaí, onde está atualmente. Em comum, todos esses locais tinham o centro da cidade.
A escolha da área que receberia as agremiações ao longo dos anos não era o único problema. Superada essa etapa, ainda havia o transtorno de todo ano com a montagem das arquibancadas metálicas, acrescida da ansiedade para ver se seria concluída a tempo do carnaval. Outro fator em comum era o tumulto no trânsito já problemático da capital. Os motoristas precisavam ter paciência porque os trajetos eram alterados, e tudo só se resolvia quando, finalmente, as estruturas eram desmontadas.
“Quando o bola passava pela Rio Branco, parecia que o asfalto sorria, os prédios batiam palmas”, lembra, saudoso. O bloco desfilava na Avenida Rio Branco desde 1919, “quando a avenida ainda era novinha”. Antes chamada de Avenida Central, a Avenida Rio Branco foi o grande marco urbanístico da reforma do então prefeito do Distrito Federal Pereira Passos, de 1906, que transformou o centro do Rio de Janeiro.
Com a mudança de local, não há mais o mesmo romantismo, lamenta Marinho. “A Avenida Rio Branco era consagrada no mundo inteiro como local das grandes manifestações políticas, artísticas, manifestações carnavalescas. O novo local é meio inóspito. Não tem um bar, nenhum botequim”. E, para ele, carnaval e cerveja são irmãos siameses. “Não existe carnaval sem cerveja”.
Marinho lembra que, na Avenida Rio Branco, havia uma grande apoteose quando o desfile do Bola Preta chegava ao fim, na Cinelândia, com bares lotados. “Na Avenida Antônio Carlos, não tem o mesmo clima, o mesmo ambiente. Então, a frequência cai“.
O último ano na Avenida Rio Branco foi em 2014, quando o Bola Preta estava em seu pico de foliões. “A partir de 2010, a gente nunca desfilava com menos de 2 milhões de pessoas. Atingimos o auge em 2013, com 2,5 milhões de pessoas. Quando fomos para a Primeiro de Março e Presidente Antônio Carlos, o bloco já não conseguiu arrastar o mesmo número de foliões. No carnaval de 2023, a gente colocou 1 milhão de foliões. Mas foi um número expressivo”, admitiu.
O sábado de Carnaval do Rio de Janeiro deve reunir multidões de foliões em blocos que desfilam no centro e nas zonas sul, norte e oeste da cidade. A previsão da Riotur é que até 5 milhões de pessoas aproveitem o carnaval de 2024 na capital fluminense.
Entre os destaques estão o Cordão da Bola Preta, que desfila a partir das 7h, no Centro, e a Banda de Ipanema, marcada para às 16h, em Ipanema.
Confira a lista de blocos oficiais do carnaval de rua do Rio de Janeiro neste sábado (10):
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes converteu em preventiva a prisão do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, nesta sexta-feira 9. Na quinta-feira 8, ele foi preso em flagrante durante operação da Polícia Federal (PF).
A prisão preventiva não tem prazo para acabar e mantém o presidente do PL preso por mais tempo.
Moraes ainda deu o prazo de 24 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa de Valdemar.
Procurado, o advogado de defesa de Valdemar, Marcelo Bessa, preferiu não se manifestar.
Pesquisa AtlasIntel aponta que a maior parte da população acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sendo perseguido injustamente, mas que ele planejou um golpe de Estado e que deverá ser preso.
A coleta foi feita após a operação de quinta-feira (8), com 1.615 participantes e tem margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O nível de confiança é de 95%.
Quando questionados se as investigações judiciais sobre Jair Bolsonaro constituem uma perseguição política, 42,2% respondem que ele está sendo perseguido injustamente. Já 40,5%, dizem que Bolsonaro não está sendo perseguido injustamente.
Na sondagem há ainda uma pergunta se “independente da sua avaliação sobre a culpabilidade do ex-presidente, você acredita que Jair Bolsonaro será preso este ano?”