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Casa da Indústria, Sede da Fiern em Natal - Foto: José Aldenir / AGORA RN
Fiern - Foto: reprodução

Após o secretário Pedro Lopes demonstrar, comparando os números de inflação dos estados, que não ocorreu queda no valor dos preços em janeiro de 2024, como prometido pela Fecomércio e Fiern em troca da redução do ICMS, a reação das entidades foi clara e objetiva. Diante do estelionato que ensejaram no debate sobre redução do ICMS para 2024, elas fazem pressão agora, demonstrando força política através de notas ameaçadoras para impor o silêncio e para que ninguém mais toque no assunto. A realidade ficou escancarada e não há para onde correr. Os 2 pontos de redução do ICMS de 2023 para 2024 viraram aumento de margem de lucro empresarial, diminuindo recursos que iriam para os serviços públicos. Daí que, diante da operação fraudulenta na opinião pública, a Fecomércio e a Fiern pressionaram o Governo do RN através de notas, solicitando inclusive audiência com a governadora, para que o Executivo não entre mais no assunto. Ora, não faz mais sentido o governo comprar uma briga com as entidades num momento em que a derrota já ocorreu. Preferirá obviamente pensar com a situação já posta daqui para frente, e não colocar a Fecomércio e a Fiern na oposição.

AUSÊNCIA DE CRISE E O PLANO LOCAL

A imprensa nacional alinhada a Israel tentou pintar uma crise internacional pela fala do presidente Lula que, após 48 horas, se revelou falsa. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, segue reprovado e Lula não sofreu reprimenda. A questão é local. A oposição usa o caso para mover o eleitor evangélico e sair das cordas pelo seu envolvimento numa tentativa de golpe de Estado com a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula abriu um flanco doméstico. Talvez, apenas talvez, o revés interno vire bônus se nos próximos dias Netanyahu seja ainda mais fortemente reprovado e a incursão de Lula venha a ser premiada. Aí ele terá um discurso para apresentar no plano local.

AgoraRN

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