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Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira / Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira / Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu que os países membros do G20 devem desempenhar “papel fundamental” diante dos conflitos internacionais. A declaração foi feita durante reunião de chanceleres do grupo nesta quarta-feira 21, no Rio de Janeiro.

“Na nossa visão, o G20 pode e deve desempenhar um papel fundamental para a redução das tensões internacionais, bem como um avanço da agenda de desenvolvimento sustentável”, disse Vieira em seu discurso de abertura.

O ministro começou reforçando o compromisso brasileiro de focar seu mandato à frente do grupo em três pilares: combate à fome, pobreza e desigualdade; desenvolvimento sustentável e reforma da governança global. O Brasil está na presidência do grupo desde 1º de dezembro de 2023 e permanece até 30 de novembro de 2024.

Embora tenha afirmado que o G20 nasceu com o objetivo de tratar de questões financeiras e de desenvolvimento, Vieira defendeu que o papel do grupo foi ampliado.

“Diante do quadro que vivemos, no entanto, esse grupo é hoje, possivelmente, o fórum internacional mais importante onde países com visões opostas ainda conseguem se sentar a mesa e ter conversas produtivas, sem necessariamente carregar o peso de posições arraigadas e rígidas que tem impedido avanços em outros fóruns.”

Crítica às instituições multilaterais

Em meio à tensão entre os governos brasileiro e israelense, o ministro criticou a atuação das instituições internacionais, bem como o número de conflitos armados ao redor do mundo.

“As instituições multilaterais, contudo, não estão devidamente equipadas para lidar com os desafios atuais, como demonstrado pela inaceitável paralisia do Conselho de Segurança em relação aos conflitos em curso. Esse estado de inação implica diretamente em perdas de vidas inocentes”, afirmou.

O chanceler brasileiro chegou, inclusive, a citar o conflito na Palestina.

“Nossas posições sobre os casos ora em discussão no G20, em particular a situação na Ucrânia e na Palestina, são bem conhecidas e foram apresentadas publicamente nos fóruns apropriados”, disse.

Defesa da paz e do combate às desigualdades

O ministro defendeu ainda que as diferenças entre os países devem ser solucionadas por meio do diálogo e criticou o uso das forças militares com esse propósito.

Com informações da CNN Brasil

AgoraRN

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