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Paulinho Freire - Foto: José Aldenir / Agora RN
Paulinho Freire - Foto: José Aldenir / Agora RN

Tido como parlamentar moderado e que chegou a apoiar matérias de interesse do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agora como pré-candidato à prefeitura de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), assinou um pedido de impeachment contra o presidente da República. Ele é o terceiro parlamentar potiguar a assinar o pedido. Esta movimentação, promovida pela oposição ao petista, vem após falas recentes do presidente comparando ações de Israel contra palestinos a nazistas contra judeus.

Além de Paulinho Freire, os deputados federais pelo Rio Grande do Norte General Girão (PL) e Sargento Gonçalves (PL) também assinaram o pedido. A maior parte dos deputados que subscrevem o pedido é do Partido Liberal, de oposição, dono da maior bancada individual da casa, com 96 deputados, de acordo com o portal oficial da Câmara. O pedido é liderado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP).

Com perfil voltado ao centro, Paulinho Freire disse que decidiu apoiar o impeachment e que a decisão foi tomada com seriedade, com o objetivo de defender os princípios de justiça e respeito histórico. “As declarações do presidente Lula não apenas comprometem a dignidade de um momento histórico de profunda tristeza e sofrimento, mas também colocam em risco as relações diplomáticas com Israel e ofendem a comunidade judaica mundial”, afirmou.

Há a expectativa de que o pedido de impeachment seja protocolado na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ainda nesta quarta-feira, 21, de acordo com a assessoria de comunicação da deputada. O pedido deve ser analisado pela Câmara dos Deputados, colocando em evidência o papel do Congresso Nacional no controle e na fiscalização dos atos do executivo. Cerca de 130 parlamentares assinaram o pedido de CPI.

Repercussão

A fala do mandatário brasileiro causou grande mal-estar entre políticos, opinião pública e gerou uma crise que culminou com a declaração de que Lula seria “persona non grata” pelo ministro das Relações Exteriores daquele país, Israel Katz, e o chamado do governo brasileiro para que o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, voltasse ao Brasil.

Para os deputados da oposição ao governo federal, as falas de Lula podem ser enquadradas em crime de responsabilidade. Nos bastidores, há a informação de que o documento deve citar a previsão de que é crime de responsabilidade contra a existência política da União “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.

AgoraRN

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