No Rio Grande do Norte, Lula obteve 1.326.785 votos. Bolsonaro, 711.381. Uma maioria de 615.404 votos, ou 30,2% dos votos. Lula ganhou em 166 municípios e Bolsonaro apenas em Parnamirim, onde alcançou 60.389 votos e Lula 52.136, maioria de 8.253, equivalente a 53,67%; Lula, 46,33%. Apenas 7,34%.
Natal, onde duas candidaturas já definiram seus perfis, tendo Natalia o carimbo de “candidata de Lula” e Paulinho Freire, na heráldica dos currais eleitorais, já “comprou” o ferro de “candidato de Bolsonaro”, com a assinatura do pedido de impeachment de Lula. Resta saber o que isto significa em votos.
Natal deu a Lula 246.881, equivalente a 52,96%; a Bolsonaro 219.306, 47,04%. Uma maioria de 27.575 pró-Lula. Ainda tem Carlos Eduardo buscando seu espaço. Resta saber que capacidade Bolsonaro ainda tem de transferir votos. Sabe-se que não morreu, pois tem uma forte base de apoio entre políticos profissionais potiguares e, mesmo inelegível, ainda estrebucha. Acredita-se que Carlos Eduardo pode tirar mais votos de Paulinho, que de Natália. Mas só as urnas dirão a verdade final.
Ainda não se sabe quem, das lideranças tradicionais, cada candidatura pode arrebanhar para apoiá-los. Recentemente Garibaldi declarou que poderá apoiar Natália. Há quem acredite até na possibilidade de ele vir a compor chapa com ela, como o filho compôs com Fátima Bezerra e salvou a lavoura familiar.
Henrique está com Carlos Eduardo. Conseguirá levar Álvaro Dias, que quer correr em faixa própria, mas não se entende com Freire nem com Rogério Marinho? Se bem que, como diz uma liderança oligárquica de Mossoró, essa gente não tem amigos nem inimigos, mas apenas adversários de ocasião.
Em Mossoró, Lula levou 95.281 votos e Bolsonaro 55.207. Maioria de 40.074, 26,62%. Ser o candidato ou candidata de Lula deverá ter significativa influência no pleito. Não por acaso o prefeito está escondendo a marca do Governo Federal nas obras financiadas por Brasília. Isso leva o PT a ser mais incisivo no projeto de combate-lo.
Em São Gonçalo do Amarante, Lula obteve 35.473 votos, e Bolsonaro, 24.301 votos, uma maioria de 11.172 para Lula. Os dois principais candidatos são da base de Lula e a discussão vai ser mesmo a comparação entre as duas gestões. Nenhum dos dois pode ser acusado de bolsonarista, mas, quem vai ganhar o carimbo de “candidato de Lula” depende da competência do marketing de cada um. Eraldo leva vantagem por ser militante histórico do PT.
Caicó deu a Lula 24.164 votos, quase o dobro dos 12.443 votos de Bolsonaro; Em Currais Novos, Lula obteve 15.618 votos e Bolsonaro, 9.038 votos, uma diferença de 26,68%. O prefeito Odon Filho é bem avaliado, mas não pode mais ser candidato. O seu candidato não terá dificuldade nenhuma de ser identificado como “Candidato de Lula”.
AgoraRN