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Corina Yoris dá entrevista à Reuters, em Caracas
25/03/2024
REUTERS/Efrain Otero
© REUTERS/Efrain Otero

Um importante grupo de oposição venezuelano registrou um candidato para a eleição presidencial de julho para garantir uma vaga na cédula de votação, embora tanto a vencedora da primária da oposição quanto a pessoa que ela tinha indicado para ocupar seu lugar não tenham conseguido se registrar para a disputa, disseram autoridades eleitorais e fontes nesta terça-feira.

O grupo Unidade Democrática, parte de uma coalizão maior de partidos de oposição, registrou um candidato antes do prazo final de segunda-feira, informou o Conselho Nacional Eleitoral.

Três fontes da oposição disseram à Reuters que o registro de Edmundo González, um ex-embaixador, tem como objetivo manter um lugar na cédula para um possível substituto, que pode ser nomeado até 20 de abril.

A ampla coalizão de oposição ficou sem um candidato depois que María Corina Machado — que venceu a eleição primária com larga maioria no ano passado para a nomeação da oposição para concorrer contra o atual presidente, Nicolás Maduro — teve a proibição de ocupar cargos públicos confirmada pelo Tribunal Superior do país.

Machado então nomeou Corina Yoris como candidata no seu lugar, mas Yoris não conseguiu acessar o sistema online da autoridade eleitoral para se registrar antes do prazo final.

“Todos sabiam que Machado não conseguiria”, disse uma das fontes. “O registro de Edmundo é um disfarce.”

“O lugar na cédula para a Unidade Democrática foi guardado com um nome, para depois substituí-lo”, disse outra fonte.

* É proibida a reprodução deste conteúdo

Agência Brasil

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