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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, revelou que continua
© Bassam Masoud /Reuters

O movimento isllâmico palestino Hamas pediu pela primeira vez desculpa à população de Gaza pelo sofrimento causado pela guerra com Israel, numa longa declaração publicada na plataforma Telegram, nesse domingo (31)à noite.

O Hamas “pede desculpa” pelas dificuldades causadas pela guerra contra o Exército israelense, iniciada há quase seis meses, de acordo com a mensagem, na qual também reiterou a vontade de prosseguir o conflito que, garantiu, deve conduzir à “vitória e à liberdade” dos palestinos.

Na “mensagem de agradecimento ao povo” da Faixa de Gaza, o Hamas reconheceu “o cansaço” da população.

O movimento insistiu nas medidas que disse ter tentado pôr em prática para atenuar as dificuldades, especialmente as tentativas de “controlar os preços”, “tendo em conta a agressão em curso”.

O Hamas afirmou também que está falando com “todos os componentes” da sociedade de Gaza, mencionando outros movimentos armados, “comitês populares e famílias”, para “resolver os problemas causados pela ocupação”.

As necessidades humanitárias são imensas no território, já afetado antes da guerra por um bloqueio israelense imposto desde 2006, pela pobreza e o desemprego. A ajuda está chegando, e a maior parte da população foi deslocada para a parte mais ao sul, em torno de Rafah, perto da fronteira egípcia fechada.

Essa cidade, que tinha menos de 300 mil habitantes antes da guerra, conta atualmente com mais de 1 milhão, segundo as estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Nos últimos meses, várias figuras do Hamas, como Khaled Mechaal, antigo chefe do gabinete político do movimento, afirmaram ser “necessários sacrifícios” para “a libertação” dos palestinos.

A guerra foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas, a partir da Faixa de Gaza contra Israel, em 7 de outubro. Cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, morreram, de acordo com dados oficiais israelenses.

No ataque, cerca de 250 pessoas também foram raptadas, 34 morreram e 130 continuam reféns em Gaza, indicaram autoridades.

Em represália, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva que já fez mais de 32 mil mortos, informa o último balanço divulgado na sexta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.

O movimento, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, ps Estados Unidos e a União Europeia.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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