Alguns civis palestinos estavam fugindo de suas casas no Norte de Gaza nesta quarta-feira (24), apenas algumas semanas depois de retornarem, por causa de bombardeio israelense que, segundo eles, era tão intenso quanto os do início da guerra.
A maior parte do ataque se concentrou, pelo segundo dia, em Beit Lahiya, no extremo norte de Gaza, onde os militares israelenses deram ordens de retirada para quatro bairros na terça-feira (23), alertando que eles estavam em uma “perigosa zona de combate”.
Após algumas semanas de relativa calma, Israel intensificou seus ataques durante a noite de segunda-feira, concentrando-se em áreas, especialmente no norte, de onde havia retirado muitas de suas tropas, dizendo que o Hamas não estava mais no controle.
A mídia israelense informou que Israel também estava pronto para enviar tropas para a cidade de Rafah, ao Sul, que é considerada o último bastião do Hamas. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o gabinete do porta-voz militar israelense não fizeram comentários imediatos sobre os relatos da mídia.
Israel prometeu erradicar o Hamas depois que os combatentes do grupo militante atravessaram a fronteira em 7 de outubro, matando 1,2 mil pessoas e fazendo 253 reféns, de acordo com os registros israelenses.
A guerra, agora em seu sétimo mês, já matou mais de 34 mil palestinos, e teme-se que muitos outros estejam enterrados nos escombros. A ofensiva destruiu grande parte do enclave densamente povoado, deslocando a maioria de seus 2,3 milhões de habitantes e criando uma crise humanitária.
Nas últimas 24 horas, os ataques israelenses mataram 79 palestinos e feriram 86 outros, informou o Ministério da Saúde de Gaza, acrescentando que muitos permanecem sob os escombros ou nas ruas, onde as equipes de emergência civil e de ambulância não conseguiram chegar devido às operações militares em andamento e à falta de máquinas pesadas de terraplanagem.
Agência Brasil