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Militar ucraniano na fronteira com a Rússia na região de Sumy 
 20/1/2024    REUTERS/Gleb Garanich
© Reuters/GLEB GARANICH

Cerca de 30 ucranianos morreram ao tentar cruzar ilegalmente as fronteiras da Ucrânia para evitar lutar na guerra contra a Rússia, que começou em 2022, disse o porta-voz do serviço de fronteira ucraniano à agência de notícias Ukrinform.

“Alguns perderam a vida ao tentar cruzar um rio ou atravessar montanhas”, disse Andriy Demchenko, de acordo com uma reportagem da Ukrinform veiculada na segunda-feira (29).

Com algumas exceções, os homens ucranianos entre 18 e 60 anos não podem deixar o país, pois podem ser mobilizados para o conflito, de acordo com a lei marcial da Ucrânia.

Na segunda-feira, o Serviço Estatal de Guarda de Fronteiras disse em uma declaração nas redes sociais que 24 homens morreram ao tentar atravessar o rio Tisa na fronteira da Ucrânia com a Romênia.

Demchenko disse que, desde o início da guerra, os guardas de fronteira descobriram cerca de 450 grupos criminosos que tentaram contrabandear pessoas através da fronteira.

“As tentativas de cruzar ilegalmente a fronteira ocorrem todos os dias”, disse Demchenko. “A maioria dessas tentativas ocorre fora dos postos de controle na fronteira com a Moldávia e a Romênia. O maior número de pessoas com documentos falsos é registrado na fronteira com a Polônia.”

Em abril, Demchenko disse à emissora estatal da Ucrânia que, em média, cerca de 10 homens são parados todos os dias tentando sair ilegalmente da Ucrânia.

Na semana passada, a Ucrânia suspendeu os serviços consulares para os cidadãos do sexo masculino em idade militar até 18 de maio, criticando os ucranianos no exterior que, segundo o país, esperavam receber ajuda do Estado sem auxiliá-lo a lutar pela sobrevivência na guerra contra a Rússia.

Em novembro, a BBC afirmou em uma reportagem baseada em dados de travessias ilegais de fronteira para Romênia, Moldávia, Polônia, Hungria e Eslováquia que cerca de 20 mil homens fugiram da Ucrânia desde o início da guerra para evitar convocação.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Agência Brasil

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