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Presidente dos EUA Joe Biden
© REUTERS/Tom Brenner/Direitos reservados

Sob crescente pressão política, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quebrou o silêncio nesta quinta-feira (2) sobre a agitação em universidades devido à guerra em Gaza, dizendo que os norte-americanos têm o direito de se manifestar, mas não de desencadear a violência.

“Há o direito de protestar, mas não o direito de causar o caos”, disse Biden em comentários na Casa Branca.

Com as imagens de televisão dos distúrbios em universidades que têm varrido o país nos últimos dias sendo exibidas nas redes de notícias, Biden tem enfrentado críticas sobre sua maneira de lidar com a situação. Ele estava deixando basicamente os comentários a cargo de seus porta-vozes.

O presidente democrata, que busca a reeleição em novembro, tem se pautado por uma linha cuidadosa de denúncia do antissemitismo, apoiando o direito dos jovens norte-americanos de protestar e tentando limitar os danos políticos de longo prazo.

Biden disse que ambos os lados tinham razão, que a dissidência pacífica era fundamental para uma democracia, mas que a violência não seria tolerada.

“Destruir propriedades não é um protesto pacífico. É contra a lei. Vandalismo, invasão de propriedade, quebra de janelas, fechamento de campi, forçando o cancelamento de aulas e formaturas — nada disso é um protesto pacífico”, disse ele.

Biden disse que os Estados Unidos não são uma nação autoritária que silencia os críticos, mas que “a ordem deve prevalecer”.

“A dissidência é essencial para a democracia, mas nunca deve levar à desordem ou à negação dos direitos dos outros para que os alunos não possam concluir o semestre e a educação universitária”, disse ele.

Perguntado se os governadores de Estado deveriam chamar tropas da Guarda Nacional para restaurar a ordem, se necessário, Biden respondeu “não”.

Em resposta à pergunta de um repórter, Biden disse que os protestos nas universidades não o forçaram a reconsiderar suas políticas no Oriente Médio.

Os manifestantes estudantis estão pedindo um cessar-fogo imediato em Gaza e exigindo que as escolas se desliguem de empresas que apoiam o governo de Israel.

Agência Brasil

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