O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, anunciou em comunicado, nesta sexta-feira (17), o resgate na Faixa de Gaza dos corpos de um homem e de duas mulheres levados pelo Hamas, em outubro de 2023.
Hagari identificou os três como sendo Shani Louk, Amit Buskila e Yitzhak Gelernter, revelando ainda que eles “foram assassinados pelo Hamas quando fugiam do Festival Supernova de música, em 7 de outubro, tendo seus corpos sido levados para Gaza”.
Os restos mortais dos três foram recuperados pelo exército israelense na quinta-feira (16) à noite. Não foi divulgada a localização dos corpos.
Os três estavam no festival perto de Re’im, quando houve o ataque do Hamas, e fugiram para a região de Mefalsim, onde morreram, indicaram forças israelenses.
Entre elogios à operação e “às corajosas forças que, com ação determinada, trouxeram de volta a casa os nossos filhos e filhas”, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, voltou a prometer a volta de todos os que foram levados pelo grupo palestino durante o ataque de outubro, que fez ainda 1,2 mil mortos.
“Iremos trazer de volta todos os nossos reféns, estejam vivos ou mortos”, declarou Netanyahu em comunicado, dizendo-se “desolado”. “Eu e a minha mulher, Sara, lamentamos com as famílias”, acrescentou.
O pai de Shani Louk, Nissim, afirmou ao Canal 12 de Israel que, apesar da dificuldade ao receber a notícia, era também o que esperava. A família tinha sido notificada há muito da morte de Shani. Representantes das forças armadas israelenses mostraram-lhe hoje uma fotografia do corpo da jovem, acrescentou.
De um total de 250 pessoas feitas reféns, cerca de 130 permanecem retidas em Gaza, apesar de seis meses de ofensiva militar israelense para libertá-los e destruir as estruturas do Hamas. A ofensiva deixou a Faixa de Gaza em escombros.
As operações do exército de Israel, por mar, terra e ar, causaram mais de 2,3 milhões de deslocados e uma das piores crises humanitárias globais da história recente. O Hamas fala ainda em 35 mil palestinos mortos, na sua maioria mulheres e crianças. Os números são contestados por Israel.
Agência Brasil