Os bombeiros italianos retiraram de casa 35 famílias na região de Nápoles, onde as escolas foram fechadas hoje, depois de cerca de 150 abalos sísmicos terem provocado o pânico, mas sem vítimas.
Desde a noite dessa segunda-feira, “foram registrados cerca de 150 sismos” na zona vulcânica dos Campos Flégreos (sul), informou o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) em comunicado citado pela agência francesa AFP.
O maior dos sismos teve magnitude 4,4, muito perceptível porque ocorreu a pouca profundidade, a 2,6 quilômetros abaixo dos Campos Flégreos, área com cerca de meio milhão de habitantes.
A Proteção Civil acionou a Unidade de Crise em Nápoles e nas cidades vizinhas de Pozzuoli e Bacoli, que se situam na caldeira vulcânica dos Campos Flégreos, que tem sido atingida recentemente por atividade sísmica constante.
O número de mortes confirmadas no Rio Grande do Sul em consequência do maior evento climático já registrado no estado subiu para 161. Seguem desaparecidas 85 pessoas e 806 ficaram feridas. Os dados são do boletim divulgado pela Defesa Civil do estado nesta terça-feira (21).
Ao menos 654,19 mil gaúchos ainda estão fora das residências, sendo 581.633 desalojados – aqueles que tiveram de sair de seus lares e estão acolhidos em casas de familiares, amigos ou conhecidos – e outras 72.561 pessoas estão morando temporariamente em um dos 839 abrigos cadastrados pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul.
Mais da metade da população desabrigada é da região metropolitana de Porto Alegre (54,09%). A segunda maior região do estado com desabrigados é o Vale dos Sinos (26,98%).
O número de atingidos pela catástrofe climática também aumentou para 2.339.508, ou 21,49% dos 10,88 milhões de habitantes do estado.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (21), os microdados do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE). O levantamento traz informações sobre os 106 milhões de endereços residenciais e comerciais do país.
Os microdados informam o nome do logradouro, número, complemento, localidade, CEP, a espécie da unidade visitada, o tipo de edificação e os nomes dos estabelecimentos, entre outros.
É possível saber, por exemplo, se os domicílios são particulares (ou seja, regulados por uma norma de convivência) ou coletivo (regulados por norma administrativa, como abrigos e presídios).
Em relação aos endereços comerciais, o CNEFE informa se o estabelecimento é agropecuário, de ensino, de saúde, religioso ou para outras finalidades.
Madri retirou definitivamente sua embaixadora em Buenos Aires, anunciou o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, nesta terça-feira (21), intensificando a controvérsia sobre os comentários depreciativos feitos pelo presidente argentino, Javier Milei, em Madri.
Albares acrescentou que, de agora em diante, a embaixada na Argentina será dirigida pelo encarregado de negócios.
No domingo (19), o governo espanhol chamou de volta a representante da nação europeia em Buenos Aires para consultas, após o presidente do país sul-americano, Javier Milei, chamar a esposa do presidente da Espanha, Pedro Sánchez, de “corrupta”.
Na diplomacia, quando um país convoca de volta seu representante em outra nação é um sinal de que as relações entre os dois países foram seriamente afetadas.
Um voo da Singapore Airlines, procedente de Londres, fez um pouso de emergência em Bangcoc nesta terça-feira (21) devido a uma forte turbulência, informou a companhia aérea, deixando um passageiro morto e feridos.
A Singapore Airlines não informou quantas pessoas ficaram feridas. De acordo com vários relatos da mídia tailandesa, havia 30 feridos.
O avião Boeing 777-300ER com 211 passageiros e 18 tripulantes estava indo para Cingapura quando fez o pouso de emergência, disse a companhia aérea em um comunicado.
Um porta-voz do aeroporto Suvarnabhumi de Bangcoc afirmou que a equipe médica estava de prontidão.
O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, pediu na segunda-feira (20) um mandado de detenção para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, seu ministro de defesa Yoav Gallant e três líderes do Hamas, incluindo o dirigente Yahya Sinwa.
As reações da comunidade internacional foram surgindo, nas horas seguintes, com mensagens de apoio ao pedido vindas de França e Espanha e críticas dos EUA e do Reino Unido. Já Israel considera a decisão do TPI “absurda” e rejeita “comparação nojenta” com o Hamas.
A França demonstrou na madrugada de hoje (21) apoio ao procurador do TPI: “a França apoia o Tribunal Penal Internacional, a sua independência e a luta contra a impunidade em todas as situações”, disse o Ministério francês dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.
A diplomacia francesa recordou que, em primeiro lugar, “a França condenou os massacres antissemitas perpetrados pelo Hamas em 7 de outubro” em solo israelita, que vitimou mais de mil pessoas e fez cerca de 250 reféns. Acrescentando que “este grupo terrorista”, o Hamas, “reivindicou ataques bárbaros dirigidos contra civis, acompanhados de atos de tortura e violência sexual que ele próprio documentou, e inclusive difundiu e celebrou”.
O Congresso Nacional prorrogou, na segunda-feira (20), a Medida Provisória (MP) 1.211/2024, que trata da duração do Programa Desenrola Brasil. Publicada no diário oficial e assinada pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, a prorrogação da MP por mais 60 dias, no entanto, não alterou o prazo de adesão da faixa 1 ao programa.
Segundo o ministério da Fazenda, a prorrogação da Medida Provisória tratou de um procedimento padrão adotado pelo Congresso. “A prorrogação automática da vigência da MP não altera a data de encerramento do programa, que foi fixada em lei”, afirmou a pasta, em nota.
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, 15 milhões de pessoas da faixa 1, pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico, já foram beneficiadas pelo programa, somando R$ 52 bilhões em dívidas. Os inadimplentes negativados entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022 tiveram acesso a descontos médios de 83%.
O programa permite que o saldo negociado seja quitado sem entrada e em até 60 parcelas. Também é possível reunir mais de uma dívida com diferentes credores em um único lado devedor para negociação.
Policiais civis cumprem, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (21), 99 mandados de busca e apreensão contra pessoas e empresas acusadas de envolvimento com facções criminosas do Rio e do Amazonas. Os mandados estão sendo cumpridos também em Minas Gerais e no Pará.
Segundo a Polícia Civil, o objetivo da ação – chamada de Rota do Rio – é desmantelar estruturas operacionais e financeiras do Comando Vermelho e da facção CVAM, do Amazonas. No Rio, mandados estão sendo cumpridos em favelas (Fallet e Fogueteiro) e em endereços da zona sul da cidade (Ipanema, Arpoador e Copacabana).
Segundo as investigações, para ocultar os recursos provenientes da compra e venda de drogas, os grupos criminosos faziam pagamentos pulverizados a pessoas e empresas, como um frigorífico pertencente a um ex-prefeito amazonense.
Ainda de acordo com as investigações, em dois anos, o esquema movimentou R$ 30 milhões. A operação é coordenada pela Polícia Civil e conta com o apoio das polícias de outros estados.
O desmatamento da Mata Atlântica teve redução na parte contínua do bioma, mas registrou aumento em fragmentos isolados e áreas de transição, na comparação entre 2022 e 2023. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (21) pela Fundação SOS Mata Atlântica, com base no Atlas da Mata Atlântica e no Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, que são ferramentas complementares de medição.
“O desmatamento caiu nessa região contínua da Mata Atlântica, que vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, onde há as florestas maduras. E aumentou nos encraves e nas transições com os outros biomas, onde há essas transições com o Cerrado e com a Caatinga, e também onde existem florestas jovens”, relatou o diretor executivo da SOS Mata Atlântica e engenheiro agrônomo Luís Fernando Guedes Pinto.
Ele ressalta que, embora os números pareçam conflitantes, ambos revelam a mesma tendência de redução de desmatamento na área contínua e aumento nos encraves. “Isso também tem a ver com a aplicação da Lei da Mata Atlântica, que protege toda a vegetação nativa desse bioma, mas que tem sido contestada, atacada e não aplicada de maneira rigorosa nas regiões de transição e de encraves.”
Além da grande área contínua entre o RN e o RS, a Mata Atlântica é composta por regiões de transição e encraves nos estados do Ceará, Piauí, de Goiás, da Bahia, de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. “Segundo a lei, só pode ter desmatamento em situações de interesse social e utilidade pública. E a gente observa que a maior parte do desmatamento, mais de 90%, vêm da expansão agropecuária, que não justifica interesse social ou utilidade pública.”
O futuro da segurança cibernética e do compartilhamento de informações entre centros de pesquisa foram alguns dos destaques do Workshop RNP, evento sobre internet e conectividade que começou nessa segunda-feira (20) em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O encontro é organizado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Pesquisadores, governo, empresas e startups participam de uma série de debates no campus da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O diretor de Cibersegurança da RNP, Emílio Nakamura, reforçou a importância de investir no setor para lidar com os novos desafios trazidos pelas tecnologias em rede. Apesar de defender que o país está se movimentando em termos legislativos e estruturais no setor, alerta que as ameaças digitais têm evoluído de maneira mais rápida do que os sistemas de proteção.
“Hoje, os setores financeiro, de água, de energia, de transportes e de saúde, por exemplo, dependem cada vez mais de elementos digitais. É possível criar um caos ou uma catástrofe realizando ataques cibernéticos que afetam o funcionamento desses setores. No Brasil, ainda vemos poucos incidentes dessa natureza. Mas eles podem acontecer e temos toda uma discussão sobre como os ataques podem afetar a economia e a infraestrutura do país”, diz Nakamura.
Para ele, além dos investimentos em segurança, é preciso avançar no plano nacional de educação cibernética, que contemple todas as pessoas e seja parte importante do currículo em escolas e faculdades.
A edição inédita do programa Trilha de Letras recebe a jornalista e escritora Daniela Arbex para uma entrevista exclusiva com a apresentadora Eliana Alves Cruz nesta terça-feira (21), às 22h30, na TV Brasil. A convidada aborda seu mais recente livro Longe do Ninho, sobre o incêndio que matou dez jovens atletas das categorias de base do Flamengo.
A publicação foi lançada em fevereiro, cinco anos após a tragédia. Na comovente conversa, a premiada autora mineira explica para a anfitriã como é o seu processo de pesquisa para escrever uma obra da natureza de Longe do Ninho. Durante a atração, Daniela Arbex lê um trecho do seu novo livro.
O programa sobre o universo literário também pode ser acompanhado em formato podcast nas plataformas digitais. O papo gravado na BiblioMaison fica disponível no app TV Brasil Play e no canal do YouTube da emissora pública. O Trilha de Letras ainda tem uma versão radiofônica que vai ao ar às quartas-feiras, mais tarde, às 23h, pela Rádio MEC.
Daniela Arbex revela para Eliana Alves Cruz como foi lidar com as famílias envolvidas no drama do Centro de Treinamento do Ninho do Urubu e levanta outras perspectivas a respeito do caso. “Foi uma tragédia anunciada. Os meninos não tiveram nenhuma chance. O sistema de justiça precisa ser revisto”, afirma.
O recuo das águas do Guaíba no centro histórico de Porto Alegre começou a mostrar a dimensão do estrago causado pela enchente histórica que atingiu a capital há duas semanas. Ainda sem energia elétrica, o trabalho dos últimos dias na região mais antiga da cidade tem sido a limpeza urbana e a limpeza dos próprios estabelecimentos.
“Do jeito que está, vou levar a semana toda para poder organizar, limpar e montar a loja novamente”, prevê Vespasiano de Menezes Neto, gerente de uma farmácia nas proximidades do Mercado Público da capital, este ainda alagado e fechado. Na tarde dessa segunda-feira (20), Neto liderava um grupo de funcionários em uma pesada limpeza do estabelecimento, ainda impregnado por lama fétida. Pelo chão, caixas de medicamentos e produtos de higiene. Ali, conta o gerente, a água chegou a cerca de 1,5 metro de altura. Ele chegou a tentar subir as prateleiras, mas a inundação inutilizou 70% das mercadorias, além de equipamentos de informática e mobiliário. “Medicamentos são produtos com alto valor agregado. Calculamos prejuízos de R$ 200 mil a R$ 250 mil apenas com produtos”, diz Neto.
A poucos metros dali, na parte de trás da Praça 15 de Novembro, o bazar de artigos populares da chinesa Li Hong Shia estava no quarto dia de limpeza, com muito a ser feito. Um dos funcionários da loja, Edson Nunes, diz que houve poucas horas para se preparar antes da subida das águas do Guaíba. “Não imaginamos que subiria tanto e só elevamos uma prateleira de produtos. Quando voltamos, tivemos que jogar grande parte dos produtos fora, não deu nem pra lavar, com essa água toda contaminada”, relata. A previsão de Nunes é de que a loja só consiga reabrir ao público em cerca de 10 dias.
Abalados com a extensão dos danos ao comércio, lojistas ouvidos pela Agência Brasil esperam mais apoio do poder público no processo de reerguer os negócios.