Um homem armado disparou tiros contra a Embaixada dos Estados Unidos (EUA) no Líbano nesta quarta-feira (5) e foi ferido em uma troca de tiros com as tropas, informou o Exército libanês.
O agressor, de nacionalidade síria, foi detido e levado ao hospital para tratamento e os soldados estavam procurando outros atiradores na área.
A embaixada dos EUA informou que foram registrados disparos de armas de fogo perto da entrada do prédio que a abriga. As instalações e a equipe estavam em segurança, acrescentou. A embaixadora dos EUA, Lisa Johnson, está atualmente viajando fora do Líbano, de acordo com fontes diplomáticas.
Uma fonte de segurança libanesa disse à Reuters que as tropas libanesas feriram o atirador no estômago.
A fonte também informou que um membro da equipe de segurança da embaixada foi levemente ferido. Um porta-voz da embaixada não respondeu a uma pergunta da Reuters sobre quaisquer ferimentos entre os guardas.
A Reuters verificou as fotos do suposto agressor que circulam na Internet e as localizou geograficamente perto da embaixada. A Reuters observou parte da escrita árabe em seu colete, que dizia “islâmico”. Não houve nenhuma reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque.
Um cinegrafista viu as forças de segurança libanesas montando postos de controle em volta da embaixada, enquanto um helicóptero fabricado nos EUA fornecido ao Exército libanês circulava.
O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, disse que estava acompanhando o incidente com o ministro da Defesa e as forças de segurança.
A embaixada dos EUA fica ao norte de Beirute, em área altamente segura, com vários pontos de controle ao longo da rota até a entrada. Ela foi transferida de Beirute para lá após um ataque suicida em 1983 que matou mais de 60 pessoas.
Em setembro, foram disparados tiros perto da embaixada, mas não houve registro de feridos.
Em meados de outubro, nos primeiros dias da guerra de Gaza, dezenas de manifestantes se reuniram do lado de fora da embaixada para protestar. As forças de segurança libanesas usaram gás lacrimogêneo e canhões de água para repeli-los.
O Líbano tem sido palco de conflitos entre o grupo militante Hezbollah, apoiado pelo Irã, e Israel desde outubro, paralelamente à guerra de Gaza. Dezenas de milhares de pessoas nos dois lados da fronteira entre Israel e Líbano foram desalojadas em meio a temores de que a guerra se aprofunde.
Os Estados Unidos têm feito esforços diplomáticos para diminuir a violência ao longo da fronteira.
Em incidente separado, um membro das forças de segurança interna do Líbano, designado para garantir segurança à embaixada saudita no país, cometeu suicídio do lado de fora da sede nesta quarta-feira, disseram uma fonte de segurança e uma fonte diplomática.
A fonte de segurança informou que o guarda da embaixada morreu depois de atirar em sua própria cabeça. A fonte diplomática disse que ele sofria de problemas de saúde mental.
(Reportagem adicional de Ahmed Elimam e Deniz)
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Agência Brasil