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Primeiro-ministro Mark Rutte anuncia a formação de governo na Holanda, a partir de uma aliança de quatro partidos
© Jerry Lampen/EFE

 A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) escolheu o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, como próximo secretário-geral da instituição, enquanto a guerra na Ucrânia se desenrola às suas portas e a incerteza paira sobre a futura atitude dos Estados Unidos em relação à aliança transatlântica.

A nomeação de Rutte tornou-se uma formalidade depois que seu único rival para o cargo, o presidente romeno Klaus Iohannis, anunciou na semana passada que havia desistido da corrida, por não ter conseguido ganhar força.

Rutte assumirá o cargo em 1º de outubro no lugar de Jens Stoltenberg, da Noruega, que está deixando a função após uma década.

Os embaixadores dos 32 membros da aliança tomaram a decisão em reunião na sede da Otan em Bruxelas.

Rutte disse que está ansioso para assumir o cargo “com grande vigor”.

“A Aliança é e continuará sendo a pedra angular de nossa segurança coletiva. Liderar essa organização é uma responsabilidade que não encaro com leviandade”, postou ele no X.

Depois de declarar seu interesse pelo cargo no ano passado, Rutte obteve o apoio inicial dos principais membros da aliança, incluindo os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e Alemanha.

Outros foram mais reticentes, principalmente os países do Leste Europeu, que argumentaram que o cargo deveria ser ocupado por alguém de sua região pela primeira vez.

Eles acabaram, no entanto, apoiando Rutte, um crítico ferrenho do presidente russo, Vladimir Putin, e um firme aliado da Ucrânia.

Stoltenberg celebrou a escolha de Rutte como seu sucessor.

“Mark é um verdadeiro transatlanticista, líder forte e um construtor de consenso”, disse ele. “Sei que estou deixando a Otan em boas mãos.”

A Otan toma decisões por consenso, portanto, Rutte, que está deixando a política holandesa após quase 14 anos como primeiro-ministro, só poderia ser confirmado quando todos os 32 membros da aliança lhe dessem apoio.

Rutte enfrentará o desafio de manter o apoio dos aliados à luta da Ucrânia contra a invasão russa e, ao mesmo tempo, evitar que a Otan seja arrastada diretamente para uma guerra com Moscou.

Ele também terá que lidar com a possibilidade de Donald Trump, cético em relação à Otan, retornar à Casa Branca após as eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos (EUA).

O possível retorno de Trump preocupou os líderes da Otan, após o ex-presidente republicano levantar questões sobre a disposição dos EUA de apoiar outros membros da aliança em caso de ataque.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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