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Presidente da Argentina, Javier Milei 26/01/2024 REUTERS/Agustin Marcarian
© REUTERS/Agustin Marcarian/Proibida Reprodução

O presidente da Argentina, Javier Milei, vetará a reforma previdenciária aprovada nessa quinta-feira (22) pelo Senado, decisão que provavelmente aumentará a divergência entre o líder e o Congresso, controlado pela oposição.

O Senado concordou, de forma esmagadora, em aumentar as pensões de acordo com a inflação de três dígitos do país, o que pode colocar em risco o rigoroso equilíbrio fiscal promovido por Milei.

O gabinete do presidente informou, em declaração no X , que o “único objetivo [do projeto de lei] era destruir o programa econômico do governo”, pois exigiria gasto extra de 1,2% do Produto Interno Bruto.

“Milei prometeu aos argentinos que manteria um superávit fiscal a todo custo, e ele o fará”, afirmou.

O presidente assumiu o cargo em dezembro com medidas rigorosas de austeridade, como parte de uma tentativa de combater a inflação galopante, em meio ao aumento da pobreza que agora atinge metade da população argentina.

A senadora peronista de centro-esquerda Juliana Di Tullio, que votou a favor do ajuste da pensão, disse que “55,5% dos argentinos estão na pobreza e 17,5% estão na pobreza extrema. Muitos deles são cidadãos idosos”.

Na semana passada, o Congresso derrubou decreto presidencial que teria multiplicado o orçamento de inteligência, argumentando que esses recursos poderiam ser usados para necessidades sociais mais urgentes.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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