Pelo menos 14 palestinos morreram e outros 18 ficaram feridos em um novo bombardeio do exército israelita, nesta quarta-feira (11), contra a escola al-Jaouni, em Nuseirat, no centro de Gaza, que albergava deslocados palestinos, segundo o governo local.
Segundo o porta-voz da Defesa Civil do Hamas no enclave, as equipes de socorro continuam à procura de mais vítimas.
Entre os mortos estão dois funcionários da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), mulheres e crianças. Imagens de vídeo divulgadas nos momentos que se seguiram ao ataque mostram dezenas de pessoas escavando os escombros para resgatar os corpos dos que ficaram presos pelos projéteis israelenses.
“Recentemente, sob a direção do exército e da agência de informação interna Shin Bet [serviços secretos], a força aérea realizou um ataque de precisão contra terroristas que operavam no interior de um centro de controle do Hamas na região de Nuseirat”, anunciou o exército israelita na tarde de hoje, se referindo à escola.
Segundo os militares israelenses, a escola al-Jaouni, em Nuseirat, estava sendo utilizada por milicianos palestinos como espaço para planejar e executar “ataques terroristas contra as tropas” de Israel.
O gabinete de imprensa do governo de Gaza – dirigido pelo Hamas – informou que o centro albergava mais de 5 mil pessoas deslocadas.
As forças armadas de Israel afirmaram ter tomado medidas para “mitigar o risco de ferir civis”, tais como a utilização de munições de precisão, vigilância aérea e outros métodos de informação, embora normalmente façam estas afirmações sempre que atacam locais protegidos pelo direito humanitário internacional, tais como escolas ou hospitais.
Especificamente, o governo de Gaza alegou que Israel bombardeou mais de 18 escolas ou abrigos no campo de refugiados de Nuseirat.
Os bombardeios ocorrem no momento em que os principais hospitais do centro da Faixa de Gaza – al-Aqsa Martyrs e al-Awda –, têm dificuldades em funcionar devido ao número crescente de vítimas que recebem e a outros problemas como a falta de eletricidade.
“Consideramos a ocupação israelense e a administração norte-americana totalmente responsáveis pela continuação do crime de genocídio e pela prática de massacres contra civis na Faixa de Gaza”, diz o comunicado do governo.
As forças armadas israelenses, por sua vez, insistem que é o Hamas que abusa sistematicamente das infraestruturas civis “em violação ao direito internacional”.
Agência Brasil