Dois egressos do Sistema Penitenciário do Estado colaram grau no curso de Tecnologia de Gestão Ambiental, ministrado pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), em uma cerimônia realizada no Campus Mossoró. Os egressos iniciaram o ensino superior quando estavam privados de liberdade no Complexo Penal Estadual Agrícola Doutor Mário Negócio (CPEAMN).
Os formandos iniciaram o curso na modalidade de ensino à distância enquanto ainda cumpriam pena em regime fechado, por meio de um programa financiado pela Universidade Aberta do Brasil (UAB). O programa de inclusão de pessoas privadas de liberdade no IFRN foi desenvolvido em cooperação com a Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), com apoio do Poder Judiciário e do Conselho da Comunidade da Execução Penal da Comarca de Mossoró, sendo uma iniciativa pioneira de reintegração social por meio da educação.
Os alunos foram acompanhados durante todo o curso por uma equipe multidisciplinar, que ofereceu suporte do início ao fim, garantindo que pudessem superar os desafios acadêmicos e pessoais até a conclusão da graduação. Já em liberdade, ambos os egressos concluíram o curso e atualmente trabalham em uma empresa privada, aplicando os conhecimentos adquiridos.
A cerimônia de colação de grau foi presidida pelo Diretor Geral do Campus Natal Zona Leste, professor José Roberto, e contou com a presença de professores, autoridades da administração penitenciária e familiares dos formandos. Na solenidade, o IFRN entregou uma Moção de Agradecimento ao secretário da Administração Penitenciária, Helton Edi, e a secretária adjunta Arméli Brennand pela parceria firmada. A Moção foi recebida pelo representante da SEAP, o policial penal José Alberto Guedes, vice-diretor do CPEAMN.
Para o professor do IFRN, Francisco Augusto, pesquisador da segurança pública e do sistema prisional, “este é mais um exemplo de que, com o apoio necessário, é possível transformar vidas e criar oportunidades de reintegração social e profissional, promovendo impacto positivo tanto na vida dos formandos quanto na sociedade”.
