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Doação de sangue pode ser efetuada na sede do Hemonorte, em Natal - Foto: José Aldenir/Agora RN

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou seis casos de pacientes que receberam órgãos contaminados pelo vírus HIV. A Anvisa e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) estão investigando o caso, uma vez que os testes de sangue dos doadores apresentaram resultados falsos negativos para a presença do vírus.

A secretária de saúde do Estado do Rio de Janeiro, Cláudia Mello, declarou nesta sexta-feira 11 que “esta é uma situação sem precedentes”.

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A descoberta ocorreu no dia 10 de setembro, quando um paciente transplantado começou a apresentar sintomas neurológicos e testou positivo para HIV ao buscar atendimento médico. Esse paciente não tinha o vírus antes do transplante. A análise das amostras dos órgãos doados pela mesma pessoa revelou mais dois casos positivos. Há uma semana, foi relatado que outro receptor também testou positivo para HIV após o transplante.

Os doadores de órgãos foram submetidos a testes de sangue na empresa PCS Laboratórios, em Nova Iguaçu (RJ). A Anvisa, ao contatar o laboratório, constatou que a unidade não possuía os kits necessários para os testes, nem documentos que comprovassem a compra dos insumos. A suspeita é que os testes não foram realizados adequadamente, podendo ter sido forjados.

Nota do SES-RJ

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) considera o caso inadmissível. Uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados e, imediatamente, foram tomadas medidas para garantir a segurança dos transplantados.

O laboratório privado, contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender o programa de transplantes, teve o serviço suspenso logo após a ciência do caso e foi interditado cautelarmente. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio.

A Secretaria está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório.

Uma sindicância foi instaurada para identificar e punir os responsáveis. Por necessidade de preservação das identidades dos doadores e transplantados, bem como do encaminhamento da sindicância, não serão divulgados detalhes das circunstâncias.

Esta é uma situação sem precedentes. O serviço de transplantes no estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas.

AgoraRN

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