O prefeito de Caicó, Dr. Tadeu (PSDB), reeleito com 74,93% dos votos, comentou nesta quarta-feira 16, em entrevista ao programa Jornal das 6, da rádio 96 FM, acerca do desenvolvimento da cidade após assumir o primeiro mandato em 2021. Segundo ele, Caicó, além de estar com precariedade nos serviços públicos, se encontrava como um “cemitério de obras”.

“Pegamos uma cidade com a necessidade de reconstrução. O prefeito não tinha conseguido se reeleger e a gente pegou uma cidade como um cemitério de obras abandonadas, com déficit em todos os serviços públicos, na saúde, na educação, na infraestrutura”, relatou.

Dessa forma, o prefeito explicou que, além das obras, a situação financeira em Caicó estava complicada. A cidade tinha dívidas significativas com órgãos públicos e instituições bancárias, o que a deixou com “nome sujo”, ou seja, com restrições de crédito.

“Caicó estava com nome sujo, a gente regularizou as contas do ponto de vista fiscal, sobretudo na questão da regularização das certidões. Nós tínhamos dívida com todas as instituições bancárias. Quando a gente assumiu, ela recolhia do servidor o consignado e não repassava às instituições bancárias. A gente pegou uma apropriação em dívida, quase R$ 3 milhões de dívida com essas instituições, além de salário atrasado”, frisou.

Tadeu ainda citou que estabeleceu parcerias com o deputado federal João Maia (PP) e os senadores Styvenson Valentim (Podemos) e Zenaide Maia (PSD), que contribuíram para os investimentos na cidade. “Esse volume de investimentos nos ajudou a retomar a credibilidade de Caicó”, disse.

Trabalho para que entregar cidade “muito melhor” do que encontrou

Durante a entrevista, Dr, Tadeu ainda afirmou que deseja entregar a cidade de Caicó bem mais desenvolvida do que na gestão passada. Ele também destacou a importância de evitar os erros comuns da “síndrome do segundo mandato”.

“A gente iniciou isso nesses quatro anos e eu tenho por objeto concluir os próximos quatro anos entregando uma cidade realmente muito melhor do que a gente pegou e não quero incorrer no erro da síndrome do segundo mandato. Nós tivemos aí a governadora Wilma [de Faria] que fez um primeiro mandato excelente mas infelizmente no segundo deixou a desejar”, argumentou.

Questionado sobre um possível mandato como deputado estadual em 2026, Dr. Tadeu não revelou planos imediatos para se candidatar, mas, caso consiga se consolidar como referência política no Seridó potiguar, poderá concorrer às eleições. Ressaltou também a necessidade de renovação de lideranças para o Rio Grande do Norte, algo que, para ele, já está acontecendo.

“Eu acho que política a gente tem que trabalhar plantando o tempo de colheita, quem diz esse tempo é o povo. Mas eu acho que o Estado está precisando de uma renovação do ponto de vista das lideranças estaduais e nós estamos tendo nesses mandatos […] Meu pensamento é esse: concluir e me firmar como uma liderança no Seridó e evidentemente que eu vou ter que participar da eleição de 2026”.