No último sábado (2), no 1º Leilão Potiguar Ranch, realizado em Parnamirim/RN, uma égua da raça Quarto Milha foi avaliada no valor de R$ 12 milhões, o que é considerado um marco no segmento do agronegócio. O animal, de cara branca, foi 50% adquirido pelo Haras WS, que pertence ao cantor Wesley Safadão, em 40 parcelas de R$ 151 mil, o que totalizará a soma de mais de R$ 6 milhões.
O alto valor do animal se dá pelo ineditismo de suas características e marca um momento de aquecimento para o mercado de comercialização de equinos e de valorização da raça Quarto de Milha, comumente utilizada em exposições, leilões e vaquejadas. Outra justificativa para o valor milionário do animal, que se chama Alpha Ease, é sua descendência genética: Alpha é a única filha, em todo o mundo, de Holland Ease, cavalo que foi considerado um mito pelos especialistas em equinos de todo o mundo.
Para o adjunto da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Marcelo Júnior, o Rio Grande do Norte ganha projeção internacional por ter sido palco da transação que resultou na venda da égua. “O leilão foi responsável por um marco importante para todo o agronegócio. Um animal desta qualidade, comercializado por um valor tão alto, exige acompanhamento, alimentação e cuidados especializados, além de conseguir gerar uma nova linhagem de cavalos com genética campeã. Isso movimenta toda a cadeia produtiva, gera empregos e coloca o RN e o Brasil no radar de criadores e investidores de todo o mundo”, explica.
Mercado de equinos
Os outros 50% da égua Alpha pertencerão aos organizadores do evento, o Haras Potiguar Ranch, e trará vantagens ao rebanho potiguar. Também no leilão, O haras ainda comercializou um pacote de embriões por R$ 1,2 milhões. Apesar dos números impressionarem, eles são retrato de um setor aquecido e com bastante potencial.
De acordo com um estudo, realizado em 2023, da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), o setor equestre tem uma movimentação financeira que supera R$ 30 bilhões e emprega mais de três milhões de pessoas no Brasil.
Os números elevados são positivos para o segmento de leilões, que vem ganhando destaque no RN e colocando o estado em uma posição de visibilidade no mapa do agronegócio nacional e internacional, o que pode atrair investimentos importantes.
