O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou oficialmente nesta segunda-feira a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na Cúpula do G20, principal iniciativa da presidência brasileira à frente do fórum global, que já conta com a adesão de mais de 80 países.
A Argentina, que inicialmente não estava na lista de participantes, decidiu aderir a iniciativa após o anúncio. Com a Argentina, a iniciativa conta com a adesão de 148 membros fundadores, incluindo 82 países, a União Africana, a União Europeia, 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras internacionais e 31 organizações não governamentais.
O governo Lula tem como meta que a Aliança articule programas sociais com potencial de alcançar 500 milhões de pessoas em países de baixa e média baixa renda até 2030.
A Aliança Global Contra a Fome e Pobreza terá ainda uma governança própria, vinculada ao G20. Para a estruturação de projetos, o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) se comprometeu a fornecer até US$ 25 bilhões (R$ 140 bilhões).
Segundo relatório recente da FAO, cerca de 733 milhões de pessoas passaram fome no mundo em 2023. O contingente equivale às populações de Brasil, México, Alemanha, Reino Unido, África do Sul e Canadá juntos, destacou Lula.
“São mulheres, homens e crianças, cujo direito à vida e à educação, ao desenvolvimento e à alimentação são diariamente violados”, acrescentou Lula. “Em um mundo no qual os gastos militares chegam a dois trilhões e quatrocentos bilhões de dólares, isso é inaceitável.”
“Compete aos que estão aqui a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade. Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma aliança global contra a fome e a pobreza. Este será o nosso maior legado. Não se trata apenas de fazer justiça. Esta é uma condição imprescindível para construir uma sociedade mais próspera e um mundo de paz”, declarou.
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