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Participantes do 14º ENAI destacaram que o país precisa de uma estratégia de política indutrial perene e de longo prazo / Foto: Unicon / fiern

A indústria potiguar participou em peso do 14º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta quarta-feira 27, no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília. Além do presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, membros da diretoria da FIERN, lideranças de sindicatos e gestores do Sistema Indústria potiguar participaram do evento.

Para Serquiz, o evento tem a importância de preparar os industriais para as transformações e exigências do mercado. “Participamos de vários debates com temas exponenciais, como a neoindustrialização, Custo Brasil, novas lideranças e micro e pequenas empresas. Concluímos essa missão orientados e com conhecimentos para, na esteira desses temas, desenvolver ações para os próximos anos”, destaca o presidente da FIERN.

“Sobre a neoindustrialização, foi apresentado uma forma de passarmos da industrialização tradicional para um modelo que envolve digitalização e inteligência artificial. Essa orientação é muito importante principalmente quando se fala em indústria de transformação”, acrescenta Serquiz. “Na FIERN, temos dado bastante atenção para o fortalecimento da indústria de transformação, que é uma corrente mundial e precisamos estar completamente integrados a esse novo momento”, conclui.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que o país precisa se unir e promover uma estratégia de política industrial perene e de longo prazo. “O Brasil é a bola da vez. Não tenho dúvida disso. Nós todos somos os responsáveis por isso e não podemos deixar que esse trem passe”, enfatizou Alban, durante a abertura do ENAI.

Ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, Alban observou que o ENAI busca unir a indústria e o poder público em torno de agendas que possam levar ao desenvolvimento do Brasil.

“O principal objetivo deste evento é produzir convergências em torno dos temas centrais para o crescimento sustentado do setor produtivo brasileiro”, afirmou Alban. Segundo ele, o governo federal tem sido sensível às demandas dos empresários e vem adotando medidas essenciais para o fortalecimento da indústria. Entre elas, a Letra de Crédito de Desenvolvimento, o Programa Brasil Mais Produtivo e o Plano Mover.

O presidente Lula criticou, mais uma vez, a elevada taxa de juros do país, atualmente em 11,25%, e afirmou que os índices de crescimento da economia registrados em seu governo afastam qualquer projeção pessimista. Ele destacou que a economia real sempre pode ser maior que a economia teórica. “Pouco dinheiro na mão de muitos significa economia mais equânime”, frisou.

Para Lula, o consumidor é a figura mais importante da economia. “Não é apenas empregado, é consumidor. Eu valorizo muito a microeconomia. O dinheiro precisa circular na mão de muito mais gente para que possa significar crescimento econômico, distribuição de renda e melhoria da qualidade de vida da população”, defendeu.

ENAI 2024. Promovido a cada dois anos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o ENAI é o principal evento de mobilização do setor industrial no Brasil. Com o tema “Neoindustrialização e redução do Custo Brasil: uma nova indústria para um futuro sustentável”, a 14ª edição trouxe uma abordagem voltada para o futuro da indústria, alinhando avanços tecnológicos, inovação e sustentabilidade às demandas do século 21.

O evento propõe uma revisão da industrialização tradicional, incorporando tecnologias como a Indústria 4.0, digitalização e automação, sempre com foco na responsabilidade social e ambiental. Essa nova visão busca uma indústria mais competitiva, inovadora e alinhada aos desafios globais, garantindo a prosperidade a longo prazo.

Nesse contexto, a programação contou com diversos painéis e mesas redondas com variados temas, que vão desde o protagonismo feminino na economia à produtividade e inovação. O evento também teve os lançamentos do movimento empresarial pela saúde e segurança dos trabalhadores e do Observatório do Custo Brasil, uma ferramenta de transparência para acompanhar as ações de redução do “Custo Brasil”, além da entrega do Prêmio Excelência Sindical da Indústria, que reconheceu Federações e Sindicatos que implementaram ações de fortalecimento sindical.

AgoraRN

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