A deputada federal Natália Bonavides (PT) afirmou que a tentativa de golpe de Estado no país investigada pela Polícia Federal “partindo de pessoas que homenageiam torturadores não é surpresa”. Ela disse existir um padrão de comportamento usado pelo grupo que defende a Ditadura Militar e usa a anistia para a impunidade.
O “Punhal Verde e Amarelo”, incluía os assassinatos do presidente eleito Lula (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Natália disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontado pela Polícia Federal como um dos personagens principais da trama golpista articula da após a eleição de 2022, não só sabia do golpe, como também estava envolvido e buscou informações sobre o assassinato de Marielle Franco para inspiração.
“Bolsonaro, quando deputado, presidente, ajudava, homenageava e andava sempre com milicianos, é a mesma pessoa que agora se envolve numa tentativa de golpe, que chegou a buscar informações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, para se inspirar da forma como os milicianos fizeram naquele momento”, afirmou.
“Quem homenageia torturadores agora planeja assassinatos de autoridades”, diz
Para Natália Bonavides, “não é surpresa, porque essa turma que homenageia torturador, torturadores como os que assassinaram, sob tortura, o meu conterrâneo Virgílio Gomes da Silva, é a mesma turma que estava arquitetando o assassinato de autoridades”, afirmou.
De acordo com a deputada federal, a anistia deixou feridas abertas no país que culminaram em injustiça.
“A última anistia foi firmada quando as armas ainda estavam levantadas. E foi assim que ficaram impunes assassinos, torturadores e estupradores. A impunidade que restou dessa época é o que faz com que hoje esses peçam anistia pelos seus crimes”, lamentou Natália.
AgoraRN