O presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou neste domingo 1º, que recorrerá à força para eliminar o que chamou de “terrorismo” no país, após uma ofensiva bem-sucedida de grupos rebeldes, liderados pelo grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham, que assumiram a maior parte do território de Aleppo.
De acordo com a agência oficial Sana, Assad declarou que “o terrorismo só entende a linguagem da força” e prometeu erradicá-lo, independentemente de quem sejam seus apoiadores.
A ofensiva rebelde, que começou na quarta-feira 27, foi um marco significativo no conflito sírio. Pela primeira vez desde 2016, os insurgentes, incluindo combatentes apoiados pela Turquia, conseguiram capturar a maior parte de Aleppo, a segunda maior cidade da Síria. Esse avanço ocorre em meio a intensos combates na província de Idlib e nas áreas vizinhas de Hamah.
O exército sírio, que havia sido derrotado em Aleppo em 2016, se retirou temporariamente da cidade para se reorganizar e planejar uma contra-ofensiva. As forças de Assad reforçaram suas defesas com armas e equipamentos adicionais, enquanto intensificavam os ataques contra os insurgentes.
A batalha de 2016, que levou à retoma de Aleppo pelas forças do governo, foi um ponto de virada na guerra civil síria, consolidando o controle de Assad sobre várias áreas estratégicas do país.
A retomada de Aleppo pelos rebeldes representa um desafio significativo para o governo de Assad, que continua contando com o apoio da Rússia e do Irã para manter o controle sobre a maioria do território sírio.
AgoraRN