O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, aceitou a renúncia do ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, que assumiu a responsabilidade pela declaração da lei marcial, e nomeou um militar aposentado, Choi Byun-hyuk, para o cargo.
Considerado um “falcão” e próximo de Yoon, Kim Yong-hyun é uma das figuras mais proeminentes do governo sul-coreano.
Como é habitual na Coreia do Sul, Yoon nomeou como substituto o militar reformado, Choi Byun-hyuk, um general que foi vice-comandante das Forças Combinadas Coreia do Sul-Estados Unidos entre 2019 e 2020 e, desde dezembro de 2023, embaixador na Arábia Saudita, considerada um cliente estratégico para as vendas de armas sul-coreanas.
Ex-chefe da segurança presidencial de Yoon, Kim foi nomeado para o cargo em agosto e confirmado em setembro. Como ministro da Defesa, tinha o poder de recomendar ao presidente a declaração da lei marcial.
Durante debate parlamentar, anterior à confirmação como ministro da Defesa, o Partido Democrático (PD, oposição) sugeriu que o motivo da nomeação era preparar o governo, cada vez mais enfraquecido e rodeado pela oposição, para declarar a lei marcial, algo que Kim negou veementemente.
Para o PD, Yoon parecia estar colocando elementos, com os quais mantém relação estreita, em posições de topo entre as Forças Armadas.
Tanto o presidente quanto Kim e o comandante da contraespionagem do Exército, Yeo In-hyung, concluíram o ensino secundário ao mesmo tempo, na mesma escola de Seul, o Chungam College, um pormenor que a oposição não quis ignorar, uma vez que na Coreia do Sul os laços estabelecidos nos anos acadêmicos são considerados extremamente importantes.
Choi, o sucessor de Kim, foi apresentado pelo chefe de gabinete de Yoon, Chung Jin-suk, como militar experiente, com amplo conhecimento em matéria de segurança e vasta experiência no setor.
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Agência Brasil