A Igreja Católica possui regras rígidas para o período que se segue à morte de um Papa. Segundo a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, promulgada por São João Paulo II, o processo é dividido em duas etapas principais: os ritos fúnebres do pontífice e a eleição do novo sucessor.

Após o falecimento, o corpo do Papa é levado à Basílica de São Pedro, onde recebe homenagens dos fiéis. O funeral ocorre entre o quarto e o sexto dia, seguido de nove dias de orações chamadas novendiales. Durante esse período, o Cardeal Camerlengo assume a administração temporária da Santa Sé e coordena os preparativos para o Conclave.

A eleição do novo pontífice acontece na Capela Sistina, em um ambiente de total sigilo. Participam do Conclave apenas os cardeais com menos de 80 anos, limitados a 120 eleitores. Para ser eleito, o candidato precisa obter dois terços dos votos. Ao ser escolhido, o novo Papa aceita o cargo, escolhe seu nome e é anunciado ao mundo com o tradicional “Habemus Papam”.

O documento ainda estabelece que a única forma válida de eleição é o voto secreto, abolindo métodos antigos como aclamação e delegação. As normas buscam garantir uma sucessão legítima, transparente e respeitosa com a tradição da Igreja.