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Júlia Beatriz Araújo
Júlia Beatriz Araújo

Júlia Beatriz Araújo, 29 anos, foi presa em flagrante ao tentar embarcar em um voo internacional com drogas no estômago; em audiência de custódia nesta quinta-feira (24), juiz federal homologou a prisão, mas recusou a prisão preventiva e aplicou medidas cautelares ao caso

Júlia Beatriz Araújo, caicoense de 29 anos presa por tráfico internacional de drogas ao tentar embarcar com cápsulas de cocaína no estômago no Aeroporto de Guarulhos (SP), passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (24). O juiz federal que presidiu a sessão homologou a prisão em flagrante, mas decidiu não decretar a prisão preventiva, autorizando que ela responda ao processo em liberdade, mediante o cumprimento de medidas cautelares.

Ela deverá cumprir medidas como a proibição de sair do país, permanência em endereço fixo, apresentação mensal à Justiça Federal em Caicó e comunicação prévia em caso de mudança de residência.

A audiência contou com a presença de representantes do Ministério Público Federal (MPF) e da defesa de Júlia, patrocinada pela advogada Luana Custódio dos Santos e do magistrado da Justiça Federal.

Natural de Caicó (RN), Júlia é técnica de enfermagem, mãe de dois filhos menores e declarou residência no Bairro Walfredo Gurgel. Afirmou na audiência que nunca havia sido presa ou processada antes.

Durante a audiência, o MPF citou um boletim de ocorrência registrado em fevereiro de 2024, no qual Júlia e uma amiga foram detidas por consumo de drogas. A defesa argumentou que o episódio não resultou em processo judicial e, portanto, não caracteriza antecedentes criminais. Também foi mencionado um boletim de desaparecimento registrado pela ex-sogra da acusada, poucos dias antes da prisão em São Paulo, o que levantou preocupações quanto à situação dos filhos.

A defesa contestou os argumentos da acusação, alegando que não há provas ou investigações em andamento sobre a viagem anterior e que Júlia, além de não ter histórico criminal, é responsável pela criação dos filhos. Ressaltou que manter a prisão preventiva seria uma medida extrema, considerando o perfil da acusada e o contexto familiar apresentado.

Ao proferir a decisão, o juiz afirmou que, embora o crime imputado seja grave, as condições pessoais de Júlia, como a maternidade e a ausência de antecedentes, permitiam sua liberação com restrições.

Por fim, o juiz atendeu solicitação do Ministério Público Federal, para que seja encaminhada cópia da audiência à Vara da Infância e Juventude de Caicó para que as autoridades acompanhem a situação dos filhos de Júlia Araújo. A acusada seguirá em liberdade, mas sob vigilância judicial enquanto responde ao processo por tráfico internacional de entorpecentes.

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