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As direções nacionais do União Brasil e do PP chegaram a um acordo sobre a federação entre os dois partidos e devem anunciar a aliança na próxima terça-feira(29), em um evento no Congresso Nacional. De acordo com políticos ligados à cúpula das legendas, haverá um rodízio em que o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, será o primeiro chefe da federação. Depois do mandato dele, que ainda terá a duração definida, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) é quem deve assumir o comando. A notícia é do repórter Lauriberto Pompeu, do O Globo.

Apesar disso, de acordo com interlocutores do ex-presidente da Câmara, Lira não concordou com essa solução e tenta manter o acordo inicialmente proposto pelo PP, que era tê-lo no comando da federação primeiro.

Há também divergências regionais em estados como Pernambuco e Paraíba, mas mesmo políticos desses estados reconhecem que a proximidade entre o presidente do PP, Ciro Nogueira, e Rueda fez com que o acordo pela federação avançasse.

Há deputados do União Brasil que já avaliam sair do partido porque perderiam influência para políticos do PP em seus estados. Apesar disso, qualquer movimento só deverá ser feito durante o período da janela partidária, que começa em abril do ano que vem e permite que deputados troquem de legenda sem serem punidos por infidelidade partidária e perderem o mandato.

Se concretizada, a federação será a maior força partidária do Congresso, com 107 deputados e 14 senadores, o que se traduz em influência na ocupação de espaços no Poder Legislativo e nas negociações relacionadas às eleições de 2026.

Uma federação obriga as legendas que fazem parte dela a atuarem com a mesma posição no Congresso e nas eleições municipais, estaduais e presidencial por no mínimo quatro anos.

Ainda há casos não resolvidos de rivalidades entre as duas siglas, mas os presidentes dos dois partidos dizem que elas seriam resolvidas por meio de critérios objetivos como tamanho das bancadas de deputados e desempenho em pesquisas eleitorais.

O deputado Mendonça Filho (União-PE) é contra o acordo porque disputa influência no estado com o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). Por sua vez, no Ceará, os deputados do União Brasil tem um perfil de oposição ao PT, enquanto o PP é aliado do partido no estado.

Na Paraíba, o senador Efraim Filho (União-PB) é do grupo adversário do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Enquanto Efraim tenta viabilizar uma candidato a governador, Aguinaldo se movimenta para que Lucas Ribeiro (PP-PB), atual vice-governador e seu sobrinho, seja o candidato.

De acordo com Efraim, as discordâncias ainda serão resolvidas quando estiver mais perto do período eleitoral. “Soube que a decisão da nacional será levar o tema para ser definido em março do ano que vem, antes da janela, para entender qual o projeto de maior viabilidade eleitoral para vencer as eleições”.

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