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Tel Aviv, Israel, 24/02/ 2024. Protesto contra o governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em meio ao conflito em curso entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas de Gaza, em Tel Aviv, Israel, 24 de fevereiro de 2024. REUTERS/Dylan Martinez
© REUTERS/Dylan Martinez

Um estudo norueguês publicado hoje indica que o mundo registrou em 2023 o maior número de conflitos armados desde 1946, embora o número de países afetados por esses conflitos esteja diminuindo. No ano passado, foram notificados 59 conflitos em todo o mundo, 28 deles na África, segundo pesquisa do Instituto de Investigação da Paz de Oslo (PRIO).

Apesar do número de conflitos, a quantidade de países envolvidos diminuiu, passando de 39 em 2022 para 34 em 2023.

O número de mortes em combate também diminui para metade, cerca de 122 mil mortes, de acordo com os dados coletados pela Universidade sueca de Uppsala, juntamente com organizações internacionais e não governamentais.

O número de mortes, também resultado da invasão russa da Ucrânia e do conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, continua a ser o terceiro mais elevado desde 1989.

“A violência no mundo nunca foi elevada desde o fim da Guerra Fria”, diz a investigadora da PRIO e principal autora do estudo, Siri Aas Rustad, que analisa as tendências no período de 1946 a 2023.

Apesar do número de mortes em combate ter diminuído em 2023, o valor agregado dos últimos três anos é o mais elevado das últimas três décadas.

Depois da África, as regiões do mundo mais afetadas por conflitos armados foram a Ásia (17), o Oriente Médio (10), a Europa (três) e as Américas (um).

Segundo a investigadora, os números do estudo “sugerem que o quadro de conflitos se tornou mais complexo, com maior número de combatentes ativos dentro de um mesmo país”.

O estudo justifica o aumento do número de conflitos, em parte com a expansão do grupo jihadista Estado Islâmico na Ásia, África e no Oriente Médio, bem como ao envolvimento de um número crescente de atores não estatais, como jihadistas e milícias armadas.

“Esse crescimento torna cada vez mais difícil para atores como grupos humanitários e organizações da sociedade civil melhorarem a vida das pessoas”, afirma Siri Aas Rustad.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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