A CGU sugeriu e o TSE acatou uma melhoria no código-fonte da urna eletrônica durante a recente inspeção realizada como parte do Ciclo de Transparência – Eleições 2024. A proposta, feita pelo desenvolvedor Everton Ramos da CGU, introduziu uma nova camada de validação na etapa de totalização dos votos. Esta medida se foca na verificação dos hashes (resumos digitais) dos arquivos de dados utilizados na totalização, reforçando os procedimentos de segurança já existentes no sistema eletrônico de votação.
Durante a inspeção, que durou cerca de 35 horas, os desenvolvedores da CGU trabalharam em colaboração com profissionais da Secretaria de Tecnologia do TSE para examinar o código-fonte da urna eletrônica. Este processo, estabelecido pela Resolução TSE nº 23.458/2023, visa garantir a transparência e a segurança do sistema eletrônico utilizado nas eleições brasileiras. Além da CGU, outras entidades como o Senado Federal, o Partido União Brasil e a Sociedade Brasileira de Computação também participaram das auditorias previstas pelo Ciclo de Transparência.
Daniel Coelho, outro desenvolvedor da CGU envolvido na inspeção, destacou que o foco principal foi na validação dos votos e no fluxo de dados durante as eleições. Ele mencionou a importância de permitir que a sociedade possa verificar os resultados dos Boletins de Urna (BUs) divulgados e usar scripts para conferir a precisão dos resultados anunciados pelo TSE.
Essa iniciativa evidencia o compromisso do TSE em aprimorar continuamente a segurança e a transparência do processo eleitoral brasileiro, incorporando sugestões de entidades externas para fortalecer os controles e garantir a integridade dos votos registrados na urna eletrônica.