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Investigado por suspeita de participação em esquema de desvio de verbas públicas em São Gonçalo do Amarante, o ex-secretário municipal Jalmir Simões da Costa está há um ano e três meses ocupando a superintendência do Ministério da Saúde no Rio Grande do Norte. Ele foi indicado pela presidente estadual do PSD, a senadora Zenaide Maia, e seu esposo, o ex-secretário estadual do Desenvolvimento Econômico e candidato a prefeito de São Gonçalo Jaime Calado (PSD).

Tido com “braço-direito” de Jaime, Jalmir foi secretário de Saúde de 2012 a 2022, período que abrangeu o primeiro e segundo mandatos de Jaime Calado, a gestão do ex-prefeito Paulo Emídio (falecido em maio de 2022) e o início do governo de Eraldo Paiva (PT), que o exonerou um dia após a Operação Lectus II.

Jalmir tem sido alvo de investigações por envolvimento em suspeitas de corrupção, como evidenciado no processo judicial nº 0801932-62.2022.4.05.8400, em que foi acusado de participação em esquemas de desvio de verbas públicas em São Gonçalo do Amarante.

No âmbito desse processo, surgem graves denúncias de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, ligadas a contratos administrativos durante sua gestão como Secretário de Saúde de São Gonçalo do Amarante.

As investigações apontam que Jalmir, juntamente com empresários e outros agentes públicos, teria facilitado a contratação fraudulenta de empresas para a prestação de serviços de saúde, desviando recursos que deveriam ser aplicados no combate à pandemia de Covid-19.

Jalmir é suspeito de integrar esquema criminoso

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Foto de arquivo: Candidato do PSD, Jaime Calado, com o ex-secretário Jalmir Simões em visita a uma unidade de saúde

Em 19 de setembro de 2022, Jalmir foi alvo de mandado de busca e apreensão da Operação Lectus II deflagrada pela Polícia Federal e autorizada pelo juiz Mario Jambo, da 2ª Vara Federal do RN. O objeto da investigação diz respeito a dispensa de licitação para contratação da construtora MA Engenharia para construção de 20 leitos clínicos para o Hospital de Campanha na cidade.

Ao longo da pandemia de Covid 19, contratos com dispensa de licitação e suposto direcionamento nos anos de 2020 e 2021, que somam mais de R$ 3,5 milhões. Conforme o Ministério Público do Estado (MPRN), foi identificado pagamento de vantagem indevida a gestor do município, que se valeu de terceiro para receber a quantia suspeita.

No processo, há interceptações telefônicas e comprovantes dessas suspeitas transferências bancárias para justificar o pedido de busca e apreensão. Apesar do ex-secretário ter sido alvo da operação, o juiz não autorizou a busca e apreensão no prédio da Prefeitura, sob a justificativa de que não havia “extensão desnecessária da diligência, a busca deve ser cumprida especificamente nas dependências da refrisa Secretaria”.

AgoraRN

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