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Cars drive on Havana's seafront boulevard Malecon as the country's electrical grid collapsed again on Sunday, according to Cuba's energy and mines ministry, in the latest setback to the government's efforts to restore power to the island, in Havana, Cuba October 20, 2024. Reuters/Norlys Perez/Proibida reprodução
© Reuters/Norlys Perez/Proibida reprodução

A operadora da rede elétrica de Cuba informou ter restaurado a eletricidade em partes da capital Havana nesta segunda-feira (21), após a quarta grande falha na rede em 48 horas, enquanto a tempestade tropical Oscar atingia o extremo leste da ilha.

Os ventos fortes e a chuva intensa arrancaram árvores e espalharam fios de eletricidade caídos em alguns lugares, complicando os esforços de recuperação.

O ministro de Energia e Minas, Vicente de la O Levy, disse que os técnicos estavam trabalhando com cuidado para evitar outro colapso elétrico devido às circunstâncias “complexas”.

“A última coisa que queremos é que, como consequência de uma linha elétrica caída, soframos outro colapso do sistema”, afirmou de la O Levy.

As autoridades cubanas de energia disseram que estavam fornecendo à rede cerca de 700 megawatts, ou um quarto da demanda de um dia normal, até o meio da manhã. As autoridades disseram que haviam restaurado a energia em 56% de Havana até o meio-dia.

As autoridades disseram que também haviam restaurado a eletricidade em partes de algumas províncias periféricas da maior ilha do Caribe.

O governo comunista de Cuba fechou escolas e indústrias não essenciais até quarta-feira, enquanto o trabalho continuava.

A rede elétrica nacional de Cuba sofreu a primeira pane na sexta-feira, antes da chegada de Oscar, depois que a maior usina de energia da ilha foi desligada, deixando 10 milhões de pessoas sem eletricidade.

A rede falhou total ou parcialmente três vezes desde então, ressaltando o estado precário da infraestrutura do país e colocando em risco muitos cubanos, que já sofrem com a terrível escassez de alimentos, combustível e medicamentos.

Havana ficou em geral quieta durante a noite, com toda a cidade em blecaute. Mas uma testemunha da Reuters viu vários protestos dispersos em bairros pobres e periféricos, bem como moradores batendo panelas em sinal de frustração com os apagões e a escassez de alimentos e água.

O presidente Miguel Díaz-Canel falou à nação em rede nacional de televisão na noite de domingo, dizendo aos cubanos que apresentassem suas queixas com disciplina e civilidade.

“Não vamos aceitar nem permitir que ninguém aja com vandalismo e muito menos que altere a tranquilidade de nosso povo”, disse Díaz-Canel.

Há meses, os cubanos têm enfrentado apagões prolongados de 10 a 20 horas por dia em grande parte do país, estragando estoques preciosos de alimentos e complicando o acesso a combustível e água.

O governo e especialistas independentes afirmam que a rede elétrica, que há muito tempo está perto de entrar em colapso, atingiu um ponto crítico com a deterioração da infraestrutura obsoleta e a falta de combustível.

Cuba culpa o embargo comercial dos Estados Unidos, bem como as sanções instituídas pelo ex-presidente Donald Trump, pelas dificuldades em adquirir combustível e peças de reposição para operar e manter suas usinas movidas a petróleo. Os Estados Unidos negam qualquer participação nas falhas da rede.

*É proibida a reprodução deste conteúdo

Agência Brasil

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