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Vinicius Jr acena para torcedores durante comemorações do título espanhol do Real Madrid na temporada 2023/2024
12/05/2024 REUTERS/Ana Beltran
© Reuters/Ana Beltran/Direitos Reservados

Quatro pessoas foram presas e interrogadas na Espanha sob suspeita de conduzirem uma campanha de ódio online incentivando torcedores a insultarem o atacante Vinicius Jr., do Real Madrid, com ofensas racistas, disse a polícia nesta quinta-feira (24).

Os homens foram detidos nos dias 14 e 15 de outubro e depois liberados enquanto seguem investigações sobre os slogans de redes sociais que incentivavam torcedores a usarem máscaras para poderem insultar o jogador negro da seleção brasileira sem serem identificados, acrescentou a polícia.

Essas foram as primeiras detenções anunciadas pela polícia ligadas à campanha, que visou atingir o jogador de 24 anos no período que antecedeu o clássico da capital espanhola em 29 de setembro no estádio Metropolitano, do Atlético de Madri. A campanha usou a hashtag #MetropolitanoConMascarilla (Metropolitano com uma máscara).

Vinicius Jr., alvo de ofensas abusivas em vários jogos, chamou La Liga e a Espanha de racistas no ano passado, depois de receber insultos das arquibancadas durante um jogo no estádio Mestalla, em Valência.

Em um caso histórico, três torcedores do Valencia foram condenados a oito meses de prisão cada um em junho por crimes de ódio contra Vinicius Jr. — a primeira condenação por insultos racistas em um estádio de futebol na Espanha.

Nesta quinta-feira (24), a Polícia Nacional da Espanha não deu o nome dos quatro homens e não houve nenhuma declaração imediata de nenhum dos advogados que os representam. De acordo com os procedimentos legais espanhóis, um juiz investigará e considerará se há provas suficientes para prosseguir com o julgamento.

A polícia disse que a campanha online se tornou viral, gerando “alarme social significativo”. A investigação continua aberta e pode levar a mais prisões, acrescentou a força policial.

La Liga interveio na véspera do confronto, dizendo que pediria a prisão de qualquer pessoa envolvida na campanha que, segundo ela, equivalia ao crime de incitação ao ódio.

Não foram registrados incidentes graves de abuso racial naquela partida, mas o clássico contra o Real Madrid foi suspenso por vários minutos devido ao lançamento de objetos no gramado.

A promotoria de Madri abriu uma investigação criminal nesta quinta-feira para identificar os torcedores que atiraram objetos no goleiro do Real Madrid, Thibaut Courtois, que já foi jogador do Atlético.

A Federação Espanhola de Futebol (RFEF) ordenou que o Atlético jogasse a vitória de 3 x 1 sobre o Leganés no último fim de semana com o fechamento parcial do estádio por causa dos incidentes.

O Atlético poderá sofrer outra penalidade pelos incidentes do clássico de Madri, imposta pelo Comitê Antiviolência do governo, que exigiu o fechamento total do Estádio Metropolitano por duas semanas, além de uma multa de 65.000 euros.

O Atlético de Madri não respondeu a um pedido por comentário em um primeiro momento, mas havia dito no início deste mês que está comprometido a adotar medidas disciplinares internas contra seus associados envolvidos em incidentes racistas, xenófobos ou intolerantes.

O Atlético também decidiu, na semana passada, não vender ingressos para alguns de seus torcedores para os próximos cinco jogos fora de casa da equipe por todas as competições.

* É proibida a reprodução deste conteúdo.

Agência Brasil

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